Iniciativa do Sebrae, Senar e Embrapa Acre pretende atingir 200 produtores nos próximos três anos, com a recuperação de áreas degradadas e a adoção de tecnologias como o uso de leguminosas para recuperação do solo (foto: Embrapa)
Iniciativa do Sebrae, Senar e Embrapa Acre pretende atingir 200 produtores nos próximos três anos, com a recuperação de áreas degradadas e a adoção de tecnologias como o uso de leguminosas para recuperação do solo
Iniciativa do Sebrae, Senar e Embrapa Acre pretende atingir 200 produtores nos próximos três anos, com a recuperação de áreas degradadas e a adoção de tecnologias como o uso de leguminosas para recuperação do solo
Iniciativa do Sebrae, Senar e Embrapa Acre pretende atingir 200 produtores nos próximos três anos, com a recuperação de áreas degradadas e a adoção de tecnologias como o uso de leguminosas para recuperação do solo (foto: Embrapa)
Segundo a Embrapa Acre, além da modernização do sistema pecuário em pequenas propriedades – em especial as vinculadas à produção de leite –, a iniciativa pretende gerar coeficientes técnicos sobre um conjunto de tecnologias para pequenos produtores. São dados que os agentes de fomento ainda não possuem, o que dificulta a abertura de linhas de crédito e a formatação de políticas públicas.
Até meados de março, oito comunidades nos municípios de Porto Acre, Senador Guiomard, Plácido de Castro e Acrelândia serão selecionadas para dar início ao programa. Outras oito serão escolhidas em 2007, abrangendo municípios no Vale do Acre.
As tecnologias a serem implementadas já foram validadas pela Embrapa e parceiros em diversos locais, como o uso de leguminosas para recuperação do solo, o pastejo rotacionado com cerca elétrica, o controle de pragas e doenças e cuidados na sanidade animal.
"A estratégia é atingir os jovens maiores de 16 anos, que são mais sensíveis a mudanças de hábitos. Sem tecnologia, o produtor paga para produzir", disse o pesquisador Judson Valentim, da Embrapa Acre.
Em cada comunidade, uma propriedade se tornará centro de referência, onde serão realizados os serviços em mutirão, cursos, dias de campo e visitas técnicas. A partir dela, o modelo tende a se difundir para outras áreas.
A expectativa dos coordenadores é que haja, até 2008, adensamento do volume de animais por hectare, a quadruplicação da produtividade de leite, aumento da renda e redução no volume de queimadas e desmatamentos.
Essas metas convergem para as propostas elencadas no Seminário de Queimadas, ocorrido há poucos dias em Rio Branco, que discutiu ações para conter o uso do fogo. Em 2005, as queimadas fugiram ao controle e causaram prejuízos de R$ 160 milhões em todo o Estado devido à queima de mais de 200 mil hectares de florestas e cerca de 300 mil hectares de pastagens e áreas abertas. Onze municípios tiveram que decretar estado de emergência.
"O Acre tem mais de 700 mil hectares de áreas degradadas ou em processo de degradação. O uso racional da terra reduz a pressão sobre a floresta e a incorporação de tecnologias aumenta a produtividade e fortalece o pequeno produtor", diz Idalci Dallamaria, superintendente do Senar Acre.
Mais informações: http://www.cpafac.embrapa.br
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