Grandes incubadoras criam Rede de Empresas Incubadas de Base Biotecnológica, para a realização de pesquisas conjuntas e estímulo à criação de políticas voltadas às necessidades do setor (foto: Cietec)

União biotecnológica
29 de março de 2006

Grandes incubadoras criam Rede de Empresas Incubadas de Base Biotecnológica, para a realização de pesquisas conjuntas e estímulo à criação de políticas voltadas para as necessidades do setor

União biotecnológica

Grandes incubadoras criam Rede de Empresas Incubadas de Base Biotecnológica, para a realização de pesquisas conjuntas e estímulo à criação de políticas voltadas para as necessidades do setor

29 de março de 2006

Grandes incubadoras criam Rede de Empresas Incubadas de Base Biotecnológica, para a realização de pesquisas conjuntas e estímulo à criação de políticas voltadas às necessidades do setor (foto: Cietec)

 

Por Thiago Romero


Agência FAPESP - Abrigar empreendimentos de base tecnológica para estimular o desenvolvimento de produtos e serviços e ampliar a competitividade. O Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), vinculado à Universidade de São Paulo (USP), é apenas uma das diversas instituições do país que têm confirmado essa fórmula de sucesso.

Em 1999, um ano após ter sido criado, o Cietec movimentou R$ 220 mil com os produtos comercializados por 15 empresas incubadas. Em 2005, o faturamento foi de R$ 25,6 milhões. Desse total, 45% vieram de empresas de biotecnologia, medicina e saúde, um resultado que levou representantes de algumas das principais incubadoras de empresas de base biotecnológica do país a se reunir na terça-feira (28/3), na capital paulista, no Café Tecnológico Biotecnologia, Medicina & Saúde.

O motivo do encontro foi a assinatura de um protocolo de intenções que formalizou a Rede de Empresas Incubadas de Base Biotecnológica. Além da Cietec, a rede será integrada inicialmente pela incubadora Supera/Inbios, instalada na USP em Ribeirão Preto, e pela Fundação Biominas, de Belo Horizonte.

A intenção é que o grupo de incubadoras, responsável pela gestão de 50 empresas de biotecnologia, passe a trabalhar de forma cooperada no desenvolvimento de pesquisas e no estímulo à criação de políticas voltadas para as necessidades do setor.

"Com a formalização do convênio, nossa expectativa é movimentar pelo menos R$ 27 milhões, até o final de 2006, apenas com as empresas de biotecnologia do Cietec", disse Sergio Risola, gerente executivo da entidade, à Agência FAPESP. Risola explica que a rede pretende auxiliar micros e pequenas empresas a planejar ações que facilitem o acesso a financiamentos e à realização de projetos em parceria.

Para o diretor-executivo da Fundação Biominas, Eduardo Emrich, com a rede será possível expandir resultados de pesquisas para outros núcleos do país, favorecendo o intercâmbio e a geração de novos produtos e soluções.

"Esse é apenas o primeiro passo de uma ampla rede de serviços em biotecnologia. Começamos com alguns dos principais centros de incubação na área, mas a intenção é que diversos outros possam aderir à rede", disse Emrich. Segundo o executivo, o país conta com pelo menos 20 incubadoras no setor.

A reitora da USP, Suely Vilela, também presente ao encontro, lembrou que o Cietec é apenas um dos exemplos de sucesso do modelo de incubação estabelecido no país, que conta hoje com cerca de 340 incubadoras, segundo dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

"O Brasil é o país com o maior número de incubadoras de empresas na América Latina. Isso mostra que a inovação tecnológica é capaz de gerar emprego e renda para a sociedade. E o importante trabalho dessas incubadoras tem ajudado o país a se posicionar como um pólo criador e exportador de tecnologias nas mais diversas áreas do conhecimento", disse a reitora.


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