Uma cortina econômica
03 de novembro de 2005

Filme plástico desenvolvido em incubadora da Unicamp bloqueia raios solares e reduz consumo de energia. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

Uma cortina econômica

Filme plástico desenvolvido em incubadora da Unicamp bloqueia raios solares e reduz consumo de energia. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

03 de novembro de 2005

 

Por Dinorah Ereno

Revista Pesquisa FAPESP - Uma cortina capaz de bloquear em 94% a passagem da radiação solar incidente sobre um edifício totalmente envidraçado mostrou ser possível reduzir os gastos com energia elétrica dos aparelhos de ar-condicionado em até 60% no verão.

Essa avaliação é resultado de testes de simulação realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) com o novo produto desenvolvido pela VacuoFlex, empresa instalada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A inovação da empresa foi aplicar um filme plástico metalizado sobre uma cortina, fabricada a partir de lona plástica ou tecido. "O custo de aplicação industrial do nosso produto nas cortinas é pago pela economia obtida em três meses de verão", diz o engenheiro civil Antônio Sérgio Assunção Tavares, sócio e diretor da empresa.

Para produzir o filme metalizado, foi utilizada a tecnologia RCF (Filmes de Controle de Energia Radiante, do inglês Radiant Energy Control Films), desenvolvida na década de 1960 pela Nasa, a agência espacial norte-americana, para o controle térmico de satélites e das roupas dos astronautas.

Baseada no uso de filmes plásticos com deposição de alumínio para refletir o calor incidente e impedir sua emissão no ambiente, a tecnologia, depois de guardada a sete chaves por duas décadas, tornou-se de domínio público no início dos anos 1990.

A simples deposição do alumínio não confere durabilidade para produtos destinados a usos terrestres, expostos à umidade e abrasão. Para garantir que sejam duráveis, é necessário fazer a deposição a vácuo utilizando o processo de pulverização catódica (sputtering) – um método físico de metalização que usa o gás argônio ionizado –, empregado na Europa e nos Estados Unidos em alguns produtos rígidos, como espelhos retrovisores de automóveis e lentes de óculos com propriedades anti-reflexo e antiembaçante. Aqui no Brasil seu uso ainda está restrito aos laboratórios de pesquisa.

Clique aqui para ler o texto completo da reportagem da edição 116 de Pesquisa FAPESP.

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