Cientistas de Israel anunciam a descoberta de um fóssil de 1,5 milhões de anos portador de amelogênese imperfeita (foto:divulgação)
Cientistas de Israel anunciam a descoberta de um fóssil de 1,5 milhões de anos portador de amelogênese imperfeita. A descoberta está sendo considerada o mais antigo registro de uma doença hereditária humana
Cientistas de Israel anunciam a descoberta de um fóssil de 1,5 milhões de anos portador de amelogênese imperfeita. A descoberta está sendo considerada o mais antigo registro de uma doença hereditária humana
Cientistas de Israel anunciam a descoberta de um fóssil de 1,5 milhões de anos portador de amelogênese imperfeita (foto:divulgação)
Os cientistas, liderados por Uri Zilberman e Patricia Smith, professores de antropologia médica, acreditam terem descoberto o primeiro registro de uma doença transmitida de forma hereditária. O fóssil da criança, datado de 1,5 milhão de anos, foi escavado na Etiópia.
A amelogênese imperfeita é uma doença que afeta principalmente o esmalte dos dentes. Como essa anomalia impede a correta formação das substâncias que protegem a dentição humana, é comum aos portadores terem dentes quebradiços e fracos, o que implica em uma quantidade grande de cáries, por exemplo. Outra característica bastante comum é que os dentes ficam amarelos, uma vez que a dentina fica visível através do esmalte.
Para chegar à descoberta – o artigo completo foi publicado na edição de junho do Journal of Human Evolution – os pesquisadores se utilizaram de raios X e de microscópios eletrônicos de varredura. A amelogênese imperfeita é uma doença considerada rara nos dias atuais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de ocorrência da anomalia é de 1 para 8 mil. Em Israel, a relação é 1 para 14 mil.
Segundo Zilberman, esse é apenas o primeiro registro do início do período pré-histórico de uma doença hereditária em que os genes responsáveis por essa disfunção molecular foram identificados. "Existem várias outras doenças que caminharam até os nossos dias, que também começaram entre os nossos ancestrais pré-históricos. Os registros fósseis dessas outras anomalias estão aí para serem descobertos", disse o pesquisador em comunicado da universidade.
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