Imagens inéditas foram obtidas pelos cientistas no Golfo do México
(Foto: Harbor Branche/E. Widder)

Tubarões e anêmonas fluorescentes
26 de agosto de 2004

Expedição pelo Golfo do México fotografa e filma organismos raros que vivem nas profundezas dos oceanos. A tecnologia utilizada na missão foi fundamental para as descobertas feitas pelos oceanógrafos

Tubarões e anêmonas fluorescentes

Expedição pelo Golfo do México fotografa e filma organismos raros que vivem nas profundezas dos oceanos. A tecnologia utilizada na missão foi fundamental para as descobertas feitas pelos oceanógrafos

26 de agosto de 2004

Imagens inéditas foram obtidas pelos cientistas no Golfo do México
(Foto: Harbor Branche/E. Widder)

 

Agência FAPESP - Um tubarão fluorescente, uma anênoma e várias outras descobertas importantes do ponto de vista bioquímico. A expedição científica realizada pelo Golfo do México no início do mês foi considerada um sucesso pelos pesquisadores do Instituto Oceanográfico Harbor Branch, dos Estados Unidos, e de outras instituições de diversos países que participaram do trabalho de campo.

Por meio de um submergível, nomeado de Eye-in-the-sea, os cientistas conseguiram registrar, como grande precisão, várias cenas inéditas. Em uma delas, obtida com auxílio de filtros especiais foi encontrado um tubarão fluorescente nunca antes visto pelos pesquisadores. Corais, caranguejos e vários tipos de peixes também foram coletados para estudos superiores.

A norte-americana Edith Widder, um dos chefes da expedição, também descobriu uma anêmona fluorescente que ainda não havia sido descrita. Esse invertebrado produz uma espécie de muco luminoso. Ainda não existem pistas de qual seria a função desse fenômeno.

Outra observação importante realizada nas profundezas do Golfo do México – as coletas foram feitas em várias profundidades – ocorreu no campo da oceanografia química. Mike Matz, da Universidade da Flórida, descobriu que os cristais de gelo que se formam no fundo do mar, sob alta pressão, são extremamente luminosos. Essas estruturas, que já eram conhecidas, aprisionam moléculas de metano em seu interior.

Segundo Matz, como esses cristais existem em várias regiões do mundo – e eles podem ser estudados como fontes de energia no futuro – a descoberta de que eles são também fluorescentes deve trazer grandes benefícios. Para Matz, por exemplo, novas técnicas de detecção desses cristais poderão ser, a partir de agora, melhor desenvolvidas.


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