Troca de experiência
17 de fevereiro de 2004

Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência em Reabilitação Craniofacial promove teleconferência com a equipe médica norte-americana que separou as siamesas da Guatemala unidas pela cabeça

Troca de experiência

Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência em Reabilitação Craniofacial promove teleconferência com a equipe médica norte-americana que separou as siamesas da Guatemala unidas pela cabeça

17 de fevereiro de 2004

 

Por Kárin Fusaro

Agência FAPESP - A equipe de médicos que realizou a bem sucedida cirurgia de separação das gêmeas siamesas gualtemaltecas, em agosto de 2002, nos Estados Unidos, vai compartilhar a experiência com seus colegas brasileiros.

A partir do meio-dia desta quarta-feira (18/2), cirurgiões plásticos, neurologistas, anestesistas e hematologistas participarão de uma teleconferência com os profissionais do Hospital Infantil Mattel, da Universidade da Califórnia.

A conferência será liderada por Henry Kawamoto, chefe do grupo que operou as irmãs Maria Teresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez. As meninas, que nasceram unidas pela cabeça, passaram cerca de vinte horas na mesa de cirurgia.

O lado brasileiro do encontro virtual estará reunido na sede da Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência em Reabilitação Craniofacial (Sobrapar), em Campinas. A entidade é formada por médicos de várias especialidades e atende pessoas carentes portadoras de deformações no crânio e na face.

Além de um hospital para as intervenções cirúrgicas, a Sobrapar, com o apoio da FAPESP, montou recentemente um centro de pesquisa para incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias. "Nosso trabalho é promover o ensino para que mais profissionais atendam pacientes e apliquem as técnicas em outras regiões do país", disse o cirurgião plástico Cássio Raposo do Amaral, fundador da Sobrapar, à Agência FAPESP .

Programas de atualização para profissionais que lidam com deficientes são desenvolvidos com o suporte da empresa americana Goodwill Industries, da Flórida. Segundo Raposo do Amaral, como o paciente precisa de um tratamento global, que vai desde o reparo estético até o cuidado psicológico e a inclusão profissional, a Sobrapar está oferecendo cursos profissionalizantes, em parceria com a instituição alemã Lateinamerika Zentrun, com o objetivo de reintegrar o deficiente na sociedade.

A teleconferência será aberta à comunidade médica e faz parte das comemorações de vinte e cinco anos da Sobrapar. Os interessados devem entrar em contato com a instituição pelo telefone (19) 3749-9700.


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