Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, indicou o físico Sílvio Crestana para assumir a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no lugar de Clayton Campanhola
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, indicou o físico Sílvio Crestana para assumir a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no lugar de Clayton Campanhola
Segundo informações da Embrapa, "a substituição é parte da reestruturação administrativa do Ministério da Agricultura e não representa qualquer mudança estratégica na gestão dos projetos desenvolvidos pela instituição". O ministro convidou Clayton Campanhola para dirigir o Pólo de Biocombustíveis de Piracicaba.
Silvio Crestana formou-se em física em 1976, no Instituto de Física e Química da USP, em São Carlos, cidade onde nasceu em 1954. Ele fez mestrado em física básica, na área de óptica não-linear, na USP, e doutorado em ciências em física aplicada a solos e em física das radiações e teoria da imagem.
Em 1989, fez pós-doutorado em ciência do solo e ciências ambientais, no departamento dos Recursos da Terra, do Ar e da Água da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Crestana foi um dos fundadores do Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agropecuária, unidade da Embrapa em São Carlos. Faz mais de 20 anos que o pesquisador está ligado à instituição.
Crestana foi também, no período de 1988 a 2001, o responsável pela implantação pioneira do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), em Maryland, nos Estados Unidos.
O novo presidente da Embrapa foi ainda membro associado do International Center for Theoretical Physics (ICTP), em Trieste, Itália, de 1984 a 1990, tendo sido selecionado e escolhido pelo Prêmio Nobel Abdus Salam, diretor do ICTP. Foi ainda professor e pesquisador da Fundação Educacional de Barretos (SP), de 1977 a 1984 e, desde 1991, é professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental (EESC-USP).
Campanhola, que assumiu em janeiro de 2003, priorizou programas de agricultura familiar, como o de assistência técnica a assentamentos da reforma agrária. O que se pretende agora, com a nova diretoria, é retomar o papel histórico da Embrapa na área de planejamento de ações para a inclusão social do agronegócio.
Além de Campanhola, deixaram a instituição três diretores executivos: Gustavo Kauark Chianca, Herbert Cavalcante de Lima e Mariza Marilena Barbosa. Os outros substitutos da nova diretoria ainda serão escolhidos. A data da posse do novo presidente da Embrapa também não está definida.
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