Em estudo na Suécia, droga inibidora da TNF-alfa (ilust.) apresentou baixos índices de inflamações reumáticas

Tratamento único para artrite e infarto
04 de novembro de 2004

Pesquisas feitas na Suécia mostram que, apesar de totalmente diferentes, doenças coronarianas e reumáticas poderão, no futuro, ser tratadas com um mesmo tipo de medicamento

Tratamento único para artrite e infarto

Pesquisas feitas na Suécia mostram que, apesar de totalmente diferentes, doenças coronarianas e reumáticas poderão, no futuro, ser tratadas com um mesmo tipo de medicamento

04 de novembro de 2004

Em estudo na Suécia, droga inibidora da TNF-alfa (ilust.) apresentou baixos índices de inflamações reumáticas

 

Agência FAPESP - Apesar de totalmente diferentes, a arteriosclerose e a artrite reumatóide apresentam um ponto em comum: as duas desencadeiam processos inflamatórios no doente. A primeira por causa da forte ação dos glóbulos brancos e a segunda devido ao grande estímulo que provoca sobre o sistema imunológico.

O elo pode ajudar no desenvolvimento de uma única droga para os dois tipos de doenças. Um estudo nesse sentido está sendo conduzido na Suécia. O cardiologista Stefan Jovinge, da Universidade de Lund, demonstrou que uma molécula chamada de TNF-alfa está envolvida com o desenvolvimento de processos de artrose e arteriosclerose em camundongos.

Ao se aplicar uma droga inibidora à proteína – ou retirar o gene que está ligado a ela – o número de inflamações nas artérias dos animais diminuiu. O estudo foi publicado no periódico Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology.

Em pesquisa independente feita em outra instituição sueca, o Hospital Universitário Malmö, o reumatologista Lennart Jacobsson, descobriu um caminho biomolecular semelhante para inibir as inflamações decorrentes de artrite reumatóide. Uma droga inibidora da TNF-alfa foi ministrada para 1,5 mil pacientes e os índices de inflamações reumáticas registrados também foram baixos.

Diante dos resultados animadores, os pesquisadores decidiram unir forças. O próximo passo deverá ser o início dos testes da TNF-alfa em pessoas com problemas no coração.


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