Cerqueira é bolsista da FAPESP no Programa de Pós-Graduação de Geociências e Meio Ambiente da Unesp de Rio Claro (foto: acervo pessoal)
Estudo apresentado por João Carlos Cerqueira aplica a metodologia do decaimento urânio-chumbo à datação de calcários e fósseis
Estudo apresentado por João Carlos Cerqueira aplica a metodologia do decaimento urânio-chumbo à datação de calcários e fósseis
Cerqueira é bolsista da FAPESP no Programa de Pós-Graduação de Geociências e Meio Ambiente da Unesp de Rio Claro (foto: acervo pessoal)
Agência FAPESP – O doutorando João Carlos Cerqueira, bolsista da FAPESP no Programa de Pós-Graduação de Geociências e Meio Ambiente da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, apresentou alguns resultados da sua pesquisa em Viena, na Áustria, no âmbito da European Geosciences Union (EGU) Assembly 2024.
O resumo do trabalho ganhou destaque público (highlight) na sessão do congresso “Archives of Earth Processes - Advances in Geochronology, Trace Element and Isotope Geochemistry”, enfatizando também a sua situação como “Cientista em início de carreira” (Early Career Scientist).
“Esses highlights destacam aquelas pesquisas de relevância internacional que merecem a atenção dos participantes do congresso. E geralmente vão para cientistas mais experientes e titulados”, conta à Agência FAPESP Giancarlo Scardia, professor da Unesp e orientador de Cerqueira.
O trabalho de Cerqueira demonstra um método que implementa a metodologia do decaimento urânio-chumbo à datação de calcários e fósseis, o que permite muitas aplicações na pesquisa básica e aplicada de geocronologia, por exemplo, na datação dos reservatórios de petróleo no pré-sal.
“O João, com a orientação minha e do pesquisador Nick Roberts, do British Geological Survey, conseguiu datar um dente de mamute de 2,3 milhões de anos. Isso nunca foi feito antes. Atualmente só com o radiocarbono [14C] é possível fazer isso, mas somente para os últimos 50 mil anos”, destaca o professor da Unesp.
A apresentação ocorreu em abril, no congresso EGU Assembly 2024, em Viena. Para participar do evento, o doutorando e seu orientador apresentaram dois resumos ao congresso EGU em duas sessões diferentes. A comissão responsável pela sessão avalia quais apresentações merecem atenção, com base nas informações e nos resultados contidos em cada resumo submetido.
“Entendo isso como um importante sucesso do João Carlos na sua pesquisa e da FAPESP pelos cuidados que sempre mostra em apoiar a formação de novos cientistas com bolsas e projetos”, comenta o professor.
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