Em 20 anos de atividade o Landsta 5 fez 29 milhões de imagens (Nasa)

Trabalhador incansável
04 de março de 2004

O satélite Landsat 5 completa 20 anos de atividade, período em que orbitou a Terra por mais de 100 mil vezes e produziu 29 milhões de imagens, que ajudaram os cientistas a compreender melhor as mudanças no planeta

Trabalhador incansável

O satélite Landsat 5 completa 20 anos de atividade, período em que orbitou a Terra por mais de 100 mil vezes e produziu 29 milhões de imagens, que ajudaram os cientistas a compreender melhor as mudanças no planeta

04 de março de 2004

Em 20 anos de atividade o Landsta 5 fez 29 milhões de imagens (Nasa)

 

Agência FAPESP - Ele executa suas tarefas com dedicação e precisão notáveis há nada menos que 20 anos. Lançado em 1º de março de 1984, o satélite Landsat 5, do governo norte-americano, completou mais de 100 mil órbitas ao redor da Terra, durante as quais produziu a incrível quantidade de 29 milhões de imagens, que registraram as principais mudanças na geografia do planeta no período.

Quinta unidade lançada pelo programa de sensoriamento remoto que começou em 1972, o Landsat 5 foi colocado em órbita com a expectativa de funcionar por até três anos. Dois anos seriam considerados excelentes pelos cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana, e do U.S. Geological Survey (USGS), os órgãos responsáveis pelas operações. Ocorre que, para surpresa de todos, o satélite, passado os três anos, continuou funcionando. E não parou mais.

Em 1999, a Nasa e a USGS lançaram outro satélite do programa, o Landsat 7, que deveria fornecer dados mais complexos e imagens com maior resolução. A unidade operou corretamente até maio de 2003, quando passou a apresentar problemas com alguns sensores. Para compensar os dados degradados do Landsat 7, os cientistas não tiveram dúvidas em recorrer a seu irmão mais velho.

"A longevidade e a importância do Landsat 5 são incríveis, para falar o mínimo", disse Darrel Williams, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "As imagens produzidas nessas duas décadas ajudaram a desenvolver uma compreensão muito maior dos detalhes da superfície de nosso planeta, bem como da influência que o homem tem em modificá-los. São imagens que serão úteis para sempre."

Os responsáveis pelo projeto acreditam que o Landsat 5 possa continuar em atividade por mais cinco anos, quando deverá acabar sua reserva de combustível. Até lá, outro satélite deverá ser lançado para substituir o incansável trabalhador espacial.


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