Em 2004, foram recicladas 95,7% das latas usadas, 6,7 pontos percentuais acima da marca atingida em 2003 (foto: divulgação)

Tetracampeão em reciclagem
11 de maio de 2005

Brasil bate pelo quarto ano consecutivo o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas. Em 2004, 95,7% das latas usadas no país foram recicladas, 6,7% acima da marca atingida no ano anterior

Tetracampeão em reciclagem

Brasil bate pelo quarto ano consecutivo o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas. Em 2004, 95,7% das latas usadas no país foram recicladas, 6,7% acima da marca atingida no ano anterior

11 de maio de 2005

Em 2004, foram recicladas 95,7% das latas usadas, 6,7 pontos percentuais acima da marca atingida em 2003 (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Brasil recicla 25 milhões de latas de alumínio para bebidas por dia. Essa marca fez com que o país se mantivesse, pelo quarto ano consecutivo, na liderança do ranking mundial de reciclagem de latas. Em 2004, foram recicladas 95,7% das latas usadas, 6,7 pontos percentuais acima da marca atingida em 2003.

O levantamento inclui apenas os países em que a atividade não é obrigatória por lei, como Japão e Estados Unidos. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas).

Ao todo, 121 mil toneladas de latas de alumínio foram recicladas em 2004, ou cerca de 9 bilhões de latas. O reaproveitamento desse tipo de sucata tem levado o Brasil ao topo do ranking mundial desde 2001.

"Esses números contemplam apenas empresas legalizadas e não pequenos negócios informais. Com isso, o índice de reciclagem de latas pode chegar a 99%", disse Elder Rondelli, da Comissão de Reciclagem da Abal, à Agência FAPESP.

A indústria do alumínio representa 3,3% do PIB industrial brasileiro. "Isso significa que a injeção de R$ 1,4 bilhão na economia em 2004, sendo R$ 450 milhões apenas na etapa de coleta. Esse volume de negócios incentiva a criação de equipamentos e de sistemas para reciclagem cada vez mais eficientes, possibilitando um desenvolvimento tecnológico mais amplo para o setor", afirma Rondelli.

Segundo os especialistas, esse resultado positivo é fruto da soma de vários aspectos, entre eles o alto valor da sucata de alumínio aliado à sua grande disponibilidade durante todo o ano. Outro ponto é que o mercado de reciclagem do alumínio já está estabelecido em todas as regiões do Brasil, com uma ampla estrutura de processamento e transporte.

Um dos fatores que mais contribuíram para o progresso da reciclagem no país foi o engajamento da classe média. Entre 2000 e 2004, cresceu de 10% para 19% a participação de condomínios e de clubes na coleta de latas usadas. "A crescente conscientização da população quanto à necessidade de reciclagem de embalagens é uma das principais causas do sucesso desse tipo de atividade", aponta Rondelli.


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