Pesquisa indica influência do hormônio masculino no desenvolvimento de distúrbios alimentares em mulheres. Segundo autores, hormônio masculino pode servir como base de futuros tratamentos contra problemas como anorexia ou bulimia
Pesquisa indica influência do hormônio masculino no desenvolvimento de distúrbios alimentares em mulheres. Segundo autores, hormônio masculino pode servir como base de futuros tratamentos contra problemas como anorexia ou bulimia
Pesquisa indica influência do hormônio masculino no desenvolvimento de distúrbios alimentares em mulheres. Segundo autores, hormônio masculino pode servir como base de futuros tratamentos contra problemas como anorexia ou bulimia
Pesquisa indica influência do hormônio masculino no desenvolvimento de distúrbios alimentares em mulheres. Segundo autores, hormônio masculino pode servir como base de futuros tratamentos contra problemas como anorexia ou bulimia
Segundo os autores, da Universidade do Estado de Michigan (MSU), nos Estados Unidos, os resultados evidenciam que problemas como anorexia ou bulimia estão relacionados não apenas com influências sociais, mas também com fatores biológicos.
O estudo de seis anos, feito com 538 grupos de gêmeos, mostrou que indivíduos do sexo feminino que compartilharam o útero materno com irmãos – e estiveram expostos a níveis mais elevados de testosterona – apresentaram menor risco de desenvolver distúrbios alimentares em comparação com outras que tiveram irmãs.
"Os resultados destacam que a exposição à testosterona pode ter um efeito protetor contra o desenvolvimento de problemas alimentares", disse Kelly Klump, professora da MSU e uma das autoras da pesquisa. Os resultados estão publicados na edição de março da revista Archives of General Psychiatry.
Kelly, que também é presidente da Academia para Distúrbios Alimentares dos Estados Unidos, cita levantamentos feitos pela instituição que indicaram que mais de 10% das adolescentes e mulheres adultas tiveram sintomas ou distúrbios alimentares em pelo menos um momento.
Estudos anteriores haviam identificado que mulheres seriam mais afetadas por problemas relacionados à alimentação do que os homens. "Mas sempre se imaginou que isso estivesse ligado apenas a influências sociais, como no ideal de beleza associado à mulher magra", disse Kelly.
"Embora diferenças sociais tenham sido tipicamente usadas para explicar por que mulheres são mais afetadas por distúrbios alimentares, os resultados do estudo são significativos em sugerir uma explicação biológica", disse Kristen Culbert, principal autora do estudo.
"Cada vez mais estudos estão ajudando a compreender como a testosterona atua no desenvolvimento cerebral. Se soubermos que há fatores de proteção contra os distúrbios alimentares, poderemos determinar potencialmente quais áreas do cérebro podem ser particularmente sensíveis à exposição pré-natal à testosterona e usar essa informação para identificar possíveis tratamentos", disse Kelly.
O artigo Prenatal hormone exposure and risk for eating disorders: a comparison of opposite-sex and same-sex twins, de Kristen Culbert e outros, poderá ser lido por assinantes da Archives of General Psychiatry em http://archpsyc.ama-assn.org.
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