Pesquisadores do IPT propõem a utilização de túnel de vento atmosférico para a realização de ensaios que podem minimizar os efeitos dos fortes ventos que atingem edificações no Sul do país
Pesquisadores do Centro de Metrologia em Fluidos, do IPT, propõem a utilização de túnel de vento atmosférico para a realização de ensaios que podem minimizar os efeitos dos fortes ventos que atingem edificações no Sul do país
Pesquisadores do Centro de Metrologia em Fluidos, do IPT, propõem a utilização de túnel de vento atmosférico para a realização de ensaios que podem minimizar os efeitos dos fortes ventos que atingem edificações no Sul do país
Pesquisadores do IPT propõem a utilização de túnel de vento atmosférico para a realização de ensaios que podem minimizar os efeitos dos fortes ventos que atingem edificações no Sul do país
Agência FAPESP - Enquanto os meteorologistas tentam explicar as causas e classificar a origem dos ciclones que atingem o Sul e Sudeste do país, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sugerem a utilização de um túnel de vento atmosférico, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, para aumentar a segurança das edificações sujeitas a esse tipo de ocorrência.
Com o equipamento, os pesquisadores conseguem observar o impacto físico provocado pelas fortes correntes de vento sobre obras de construção civil. O estudo é feito por meio de maquetes de edifícios, torres, pontes e casas populares. Os ensaios utilizam cálculos matemáticos e recursos computacionais.
As maquetes levam materiais que reproduzem as condições reais. "Se a construção tiver um telhado de alumínio, o protótipo tem que ser produzido com algum material similar que represente a mesma vibração do alumínio, só que em escala reduzida", disse Gilder Nader, pesquisador do Centro de Metrologia em Fluídos do IPT, à Agência FAPESP.
Em seguida, é inserida uma série de sensores capazes de identificar os níveis de vibração na maquete. Os dados obtidos pelos sensores, por meio do processamento matemático no túnel de vento, como os coeficientes de pressão e de arrasto, são passados para os engenheiros estruturais para que eles calculem como deve ser projetada a construção.
A variação de pressão na maquete é medida de acordo com as rajadas de vento sobre o protótipo. "Os resultados dos ensaios servem para identificar qual é a carga, a espessura e todas as variáveis que devem ser levadas em consideração na construção, de modo que ela possa suportar ventos de uma velocidade específica", disse Nader.
Além do fator preventivo, uma das vantagens da realização dos ensaios no túnel é a economia. "Normalmente se gasta entre US$ 20 mil a US$ 30 mil para se fazer o ensaio no IPT, mas os engenheiros acabam economizando na construção final", disse Nader. A princípio, o túnel de vento do IPT está sendo utilizado apenas para grandes construções, como foi o caso dos ensaios feitos para um ginásio de esportes que está sendo construído ao lado da Catedral de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo.
"O preço pode baixar se conseguíssemos fazer um convênio com alguma prefeitura, por exemplo, com o objetivo de ensaiar uma região inteira de casas populares", disse Nader. "Nesse caso, faríamos um levantamento sobre as características do bairro para fazer a simulação de acordo com a condição atmosférica e a intensidade dos ventos da região."
De acordo com o pesquisador, dessa forma seria possível verificar como as construções do local vibram, para que se possa projetar novamente a estrutura das casas de modo a poder suportar ventos mais fortes. "O ideal seria utilizar o equipamento para determinar o nível de resistência das edificações antes de sua construção", disse Nader.
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