Com a participação de 57 pesquisadores, livro abrangente sobre a Estação Ecológica Juréia-Itatins, um dos mais importantes redutos de mata atlântica do país, localizada no litoral do sul de São Paulo, será lançado no dia 5. Um dos assuntos discutidos é a presença de caiçaras na região
Com a participação de 57 pesquisadores, livro abrangente sobre a Estação Ecológica Juréia-Itatins, um dos mais importantes redutos de mata atlântica do país, localizada no litoral do sul de São Paulo, será lançado no dia 5. Um dos assuntos discutidos é a presença de caiçaras na região
"Existe uma grande discussão na região sobre as comunidades de caiçaras que vivem dentro da área da estação", explica Otávio Marques, pesquisador do laboratório de herpetologia do Instituto Butantan de São Paulo e um dos autores. Segundo o cientista, na parte final da obra, dois capítulos vão mostrar duas formas de abordar a questão.
"Existem aqueles que defendem a retirada das populações, pois elas seriam impactantes para a estação, e também um outro grupo que defende a presença delas", disse Marques à Agência FAPESP. O pesquisador está no grupo que defende que uma área como a Juréia possa se transformar no que chama de "mosaico de unidades de conservação". Mesmo algumas áreas, para ele, poderiam até mesmo ser abertas à visitação pública, desde que monitoradas por pessoas especializadas. Hoje, a entrada é proibida.
O livro Estação Ecológica Juréia-Itatins: Ambiente Físico, Flora e Fauna, publicado pela Holos Editora, será lançado no dia 5 de fevereiro na sede do Instituto Butantan, em São Paulo. A obra está dividida em 30 capítulos e contou com a participação de 57 pesquisadores.
"Temos um histórico sobre a região assinado pelo Paulo Nogueira Neto (do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo) e um capítulo relacionado à paleogeologia, escrito por Kenitiro Suguio (do Instituto de Geociência, da mesma universidade", cita Marques como exemplos.
Em relação à fauna da Estação Ecológica de Juréia-Itatins, o livro traz estudos sobre dez espécies de aves e três de répteis, que estão na mais recente lista de animais ameaçados de extinção publicada pelo Governo Federal. "Uma das serpentes analisadas é a Corallus cropanii, uma espécie de jibóia", conta Marques.
O livro, que recebeu investimentos da FAPESP, vai custar R$ 60. Os autores cederam os direitos autorais para a manutenção da própria reserva. Mais informações no site da Holos Editora: http://www.holoseditora.com.br.
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