A seta indica o local do terremoto no Amazonas, o mais forte no país desde 1999 (UnB)
Segundo o Observatório Sismológico da UnB, tremor no dia 8 no Parque Nacional do Jaú marcou 4,4 na escala Richter, o mais forte observado no Brasil desde 1999
Segundo o Observatório Sismológico da UnB, tremor no dia 8 no Parque Nacional do Jaú marcou 4,4 na escala Richter, o mais forte observado no Brasil desde 1999
A seta indica o local do terremoto no Amazonas, o mais forte no país desde 1999 (UnB)
Agência FAPESP - O Parque Nacional do Jaú, na parte central do estado do Amazonas, foi palco do mais forte terremoto a atingir o Brasil em quase seis anos.
Os sismógrafos operados pelo Observatório Sismológico (SIS) da Universidade de Brasília (UnB) registraram, no dia 8 de fevereiro, um sismo de magnitude 4,4 na escala Richter. O evento ocorreu às 16h04 (hora de Brasília). O epicentro esteve a 18 quilômetros de profundidade.
"Foi o mais forte observado no Brasil desde o sismo de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, em 15 de março de 1999, que também teve magnitude registrada de 4,4", disse o professor Vasile Marza, do SIS, à Agência FAPESP.
O SIS opera na Amazônia uma rede sismográfica composta pelas estações de São Gabriel da Cachoeira (AM), Balbina (AM), Samuel (RO), Tucuruí (PA) e Porto dos Gaúchos (MT).
O epicentro foi em uma região desabitada entre as cidades de Barcelos, Tefé e Novo Airão. Segundo Marza, um levantamento feito pelo observatório indicou que o terremoto não foi percebido nessas localidades. Apesar da intensidade, pouco comum no Brasil, o pesquisador explica que o evento, aparentemente, não teve a ver com o terremoto que abalou o sudeste Asiático no final de 2004.
De acordo com Marza, dados históricos e instrumentais apontam a Amazônia como uma região "sismotectônica notável no contexto da sismicidade intraplaca brasileira". O maior sismo da área ocorreu em 5 de agosto de 1983, no município de Codajás, com uma magnitude de 5,5.
O tremor mais forte de que se tem notícia no Brasil ocorreu em janeiro de 1955, na Serra do Tombador (MT), com 6,6 graus na escala Richter.
Mais informações: www.obsis.unb.br
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