Análise preliminar mostra que existem 25 mil genes com grande potencial científico (foto: Embrapa)
Pesquisadores brasileiros encerram o mapeamento genético do café arábica. Uma análise preliminar mostra que existem 25 mil genes com grande potencial científico. Na segunda fase do projeto serão feitas análises funcionais dos dados gerados até agora
Pesquisadores brasileiros encerram o mapeamento genético do café arábica. Uma análise preliminar mostra que existem 25 mil genes com grande potencial científico. Na segunda fase do projeto serão feitas análises funcionais dos dados gerados até agora
Análise preliminar mostra que existem 25 mil genes com grande potencial científico (foto: Embrapa)
Agência FAPESP - Em mais uma grande conquista da ciência brasileira, a primeira fase do projeto de seqüenciamento do genoma do café arábica foi completada pelos cientistas que participam da pesquisa.
"Chegou-se à conclusão de que as 155 mil seqüências de genes obtidas reúnem informações científicas suficientes para um eventual melhoramento da planta. Por isso, o seqüenciamento foi encerrado", disse o cientista Carlos Colombo, coordenador do Genoma Café em São Paulo, à Agência FAPESP
O Projeto Genoma EST-Café é resultado de uma parceria entre a FAPESP e um consórcio formado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições de pesquisa.
O seqüenciamento foi conduzido por cientistas ligados ao Genomas Agronômicos e Ambientais (AEG), da FAPESP, e ao Centro Nacional de Recursos Genéticos (Cenargen), da Embrapa.
A partir de uma análise inicial dos dados gerados ao longo de 2003, Colombo, também pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas, afirmou que a riqueza do material é muito grande. "São praticamente 25 mil genes com grande potencial. Muitas teses certamente serão geradas a partir desse processo", disse.
Por enquanto, as 100 mil seqüências geradas em São Paulo e as 55 mil feitas pelos pesquisadores da Embrapa, estão em bancos de dados separados. O próximo passo do projeto, que deverá ocorrer nas próximas semanas, será unir todas as informações num único lugar. "Todos os dados serão intercambiados", explica Colombo.
"Agora, iremos convocar os interessados em participar da fase de análise funcional das seqüências geradas", disse o coordenador do Genoma Café em São Paulo. Nessa fase serão identificadas as funções dos genes mapeados.
Os cientistas paulistas devem se reunir entre o final de abril e o início de maio para discutir os resultados do seqüenciamento e preparar as próximas pesquisas sobre o melhoramento genético do café, que devem ser desencadeadas nas fases seguintes.
Depois das análises funcionais, a expectativa dos cientistas é que sejam desenvolvidas plantas de café mais resistentes a doenças e também grãos com uma qualidade melhor ao consumidor. O café é um dos principais produtos da agricultura paulista, ao lado da laranja e da cana-de-açúcar. É o quinto produto mais exportado pelo país. A área cultivada no país é de cerca de 2,7 milhões de hectares.
"O Projeto Genoma EST-Café é um orgulho para a ciência brasileira. Isso prova mais uma vez que temos o domínio da tecnologia de seqüenciamento de genomas", disse Antônio de Pádua Nacif, gerente geral da Embrapa Café.
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