A meliponicultura é uma das tecnologias sociais abordadas no livro de Flávio Brandão (foto: Divulgação / Petrobrás)

Tecnologias para a inclusão
18 de dezembro de 2006

Pesquisador do CNPq lança livro sobre a história das tecnologias apropriadas – também conhecidas como tecnologias sociais – e analisa trajetória dos programas brasileiros que fomentaram iniciativas desse tipo

Tecnologias para a inclusão

Pesquisador do CNPq lança livro sobre a história das tecnologias apropriadas – também conhecidas como tecnologias sociais – e analisa trajetória dos programas brasileiros que fomentaram iniciativas desse tipo

18 de dezembro de 2006

A meliponicultura é uma das tecnologias sociais abordadas no livro de Flávio Brandão (foto: Divulgação / Petrobrás)

 

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – A evolução das tecnologias voltadas para a inclusão social e geração de emprego e renda em locais com necessidade de desenvolvimento é o tema do livro Uma história brasileira das tecnologias apropriadas, de Flávio Cruvinel Brandão, publicado na última semana em Brasília.

Segundo o autor, que é analista de ciência e tecnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a obra teve base na dissertação de mestrado desenvolvida em 2001 no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).

"Tratei dos conceitos, da ideologia e da história das chamadas tecnologias apropriadas, que hoje também são conhecidas como tecnologias sociais", disse ele à Agência FAPESP.

A história das tecnologias sociais, diz Brandão, começa na Índia, com Mohandas Gandhi, passa pela China e chega à Europa. "O livro pega um pouco dessa trajetória até chegar à introdução do conceito no Brasil. O CNPq absorveu o conceito a partir de um programa de transferência de tecnologias apropriadas ao meio rural que existiu de 1983 a 1988", explicou.

Em 1993, segundo ele, o CNPq retomou o apoio a essas tecnologias, numa série de convênios com secretarias estaduais. "O livro faz uma avaliação dos programas de apoio financiados pelo CNPq, como o Programa Paraibano de Tecnologia Apropriada, o Programa de Verticalização da Pequena Produção Familiar do Distrito Federal e o Programa de Difusão Tecnológica do Estado do Ceará.

Além da análise, o livro propõe recomendações para eventuais novos programas. Segundo o autor, o conceito de tecnologia social é de certa maneira um aperfeiçoamento da idéia de tecnologia apropriada. "É um conceito em evolução. Mas diria que se trata de tecnologia de baixo custo e de fácil reprodução, preocupada com o desenvolvimento sustentável e voltada para geração de emprego e renda, permitindo desenvolvimento local", explicou Brandão.

Mais informações: (61) 3328-5370, ou pelo e-mail paralelo15@uol.com.br


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