Programa inédito conduzido em Minas Gerais reúne bases de dados sociossanitários de 50 mil pessoas em 16 cidades para auxiliar na definição de políticas públicas em áreas de maior vulnerabilidade social (foto: divulgação)
Programa inédito conduzido em Minas Gerais reúne bases de dados sociossanitários de 50 mil pessoas em 16 cidades para auxiliar na definição de políticas públicas em áreas de maior vulnerabilidade social
Programa inédito conduzido em Minas Gerais reúne bases de dados sociossanitários de 50 mil pessoas em 16 cidades para auxiliar na definição de políticas públicas em áreas de maior vulnerabilidade social
Programa inédito conduzido em Minas Gerais reúne bases de dados sociossanitários de 50 mil pessoas em 16 cidades para auxiliar na definição de políticas públicas em áreas de maior vulnerabilidade social (foto: divulgação)
Agência FAPESP - Otimizar a gestão de dados relacionados à saúde e às condições sociais da população por meio das tecnologias da informação. Com essa proposta, o Programa Banco de Dados Social (BD Social), que teve início em 2005, já reuniu informações de mais de 50 mil pessoas em 16 municípios de Minas Gerais.
O programa, que funciona por meio do software GeoSocial, desenvolvido pela empresa Geotech – residente na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Minas Gerais (Inova UFMG) –, é gerenciado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes-MG).
Concebido para ser utilizado por prefeituras, o BD Social conta com um banco de dados que armazena informações estratégicas para a definição de políticas públicas em áreas consideradas como de maior vulnerabilidade social.
"O BD Social foi concebido para interagir com os sistemas de armazenamento de dados do governo federal, como o Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab)", disse Fabiana Batista Ribeiro, coordenadora do programa de capacitação do BD Social, à Agência FAPESP. "Todas as informações do BD Social estão no Siab, e vice-versa."
Antes da criação da nova plataforma, os gestores dos 16 municípios mineiros beneficiados pelo programa não faziam uso estratégico dos dados para o planejamento de suas ações. As informações coletadas eram usadas apenas para atendimento prioritário do governo federal. Com o GeoSocial, os dados são gerados primeiramente em nível municipal, para em seguida serem utilizados pelo governo federal.
"O Siab fornece indicadores de indivíduos com diabetes em uma cidade, por exemplo, sem especificar quem são e onde estão. O GeoSocial mostra a localização exata desses diabéticos que necessitam de atenção especializada", disse a pesquisadora da Sectes-MG.
Cadastro otimizado
Após serem coletados pelos agentes comunitários de saúde do Programa Saúde da Família, do governo federal, os dados são inseridos pelos próprios agentes no banco de dados do GeoSocial referente a cada município. A plataforma do BD Social fornece indicadores das microrregiões da cidade, permitindo que elas sejam localizadas geograficamente por meio de mapas produzidos a partir de imagens de satélite.
"Ao clicar em cima de cada ponto do mapa, que representa as residências, os gestores têm acesso a dados sociossanitários da família, como prevalência de doenças, condições de moradia, saneamento básico, alfabetização, desemprego e renda familiar. As pessoas são identificadas pelo próprio nome", conta Fabiana.
Além da empresa Geotech, a fase de desenvolvimento do BD Social contou com a participação de pesquisadores de seis departamentos da UFMG: Estatística, Ciência da Computação, Educação, Medicina, Arquitetura e Comunicação Social.
Em janeiro, o programa recebeu apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os recursos serão utilizados para, entre outras atividades, fazer a migração de todo o banco de dados dos 16 municípios cadastrados para a internet, além de incluir mais oito cidades mineiras, com mais 38 mil pessoas beneficiadas.
Mais informações: www.bdsocial.mg.gov.br (site em manutenção com previsão para retorno em 16/2).
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