Foto: JPL/NASA/Cornell
O físico brasileiro Paulo de Sousa Júnior, que participa de pesquisas na NASA, a agência espacial norte-americana, quer difundir a utilização da sonda que será usada em Marte em 2004 aqui no Brasil
O físico brasileiro Paulo de Sousa Júnior, que participa de pesquisas na NASA, a agência espacial norte-americana, quer difundir a utilização da sonda que será usada em Marte em 2004 aqui no Brasil
Foto: JPL/NASA/Cornell
Agência FAPESP - O braço mecânico do robô MER (Mars Exploration Rover) contém sondas que podem gerar importantes informações mineralógicas. Em janeiro de 2004, quando o instrumento de pesquisa pousar no solo de Marte, esses equipamentos de monitoração terão um papel importante. São eles que vão vasculhar o solo e as rochas do planeta vermelho em busca de água.
"De janeiro a abril de 2004, estarei em Pasadena, na Califórnia, para participar da missão", disse à Agência FAPESP o físico brasileiro Paulo de Sousa Júnior. Por causa do seu contato bastante próximo com as sondas que estarão em Marte, o cientista, que trabalha na Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em Vitória, no Espírito Santo, quer difundir a tecnologia desenvolvida nos laboratórios da NASA no Brasil.
"Por enquanto, apenas a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica de Tubarão utilizam essas sondas desenvolvidas pela Nasa aqui no Brasil", diz Sousa Júnior. "São dois pares em cada local". A tecnologia disponível na capital capixaba também está sendo usada para a monitoração do ar informa o físico. "A CVRD usa as mesmas sondas para fiscalizar a qualidade dos seus produtos. Existe um monitoramento sobre a produção de aço e também sobre as pelotas de minério de ferro", explica o físico brasileiro. No caso do ar da Grande Vitória, a utilização da sonda, segundo o cientista, permite que se faça uma espécie de "DNA da poluição" do ar. "É possível saber de onde vem o problema", disse.
Segundo Sousa Júnior, não existe nenhum problema burocrático da tecnologia ser utilizada por instituições brasileiras. Ele mesmo se oferece para participar de projetos pelo Brasil. Na visão do físico, várias cidades e universidades poderiam usar as sondas seja para fins geológicos, ambientais ou mesmo comerciais.
As sondas que estarão em Marte em 2004 já estão a caminho. Dois robôs idênticos seguem em duas naves lançadas pela Nasa, em junho e em julho.
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