UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade (foto: Daiane Souza/ UnB Agência)
UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade. As pesquisas devem ajudar na manutenção da rede brasileira, que soma mais de 80 mil quilômetros de extensão
UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade. As pesquisas devem ajudar na manutenção da rede brasileira, que soma mais de 80 mil quilômetros de extensão
UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade (foto: Daiane Souza/ UnB Agência)
Agência FAPESP - O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília (UnB) acaba de inaugurar o Laboratório de Fadiga e Integridade Estrutural de Cabos Condutores de Energia. O centro de pesquisa pretende investigar os fatores que afetam a durabilidade dos cabos, incluindo elementos responsáveis por rupturas e maneiras de prevenir apagões.
A idéia é usar os resultados dos estudos para que as empresas brasileiras de transmissão e distribuição de energia possam projetar novas linhas e capacitar as já existentes. O Brasil tem uma malha de cabos que supera os 80 mil quilômetros de extensão, o dobro da circunferência terrestre.
"Com os novos experimentos será possível não só aumentar os limites operacionais dos cabos, o que servirá para o projeto de novas linhas de transmissão, mas também desenvolver metodologias para reduzir os custos de manutenção", disse José Alexander Araújo, coordenador do laboratório, à Agência FAPESP.
Segundo Araújo, o laboratório da UnB figura agora entre um dos mais bem equipados do mundo na área de estudos sobre cabos elétricos. "Isso faz com que toda a capacidade instalada e o nível de instrumentação desse laboratório sejam únicos no Brasil", afirma.
Os cabos transmissores são compostos por dezenas de fios de alumínio e aço entrelaçados. Com a influência do vento e do tempo, eles podem se romper, principalmente nos pontos ligados às torres. "O cabo é preso por um grampo de suspensão que oferece maior atrito dos fios com a torre. O rompimento por fadiga é bem mais constante nesse local", explica Araújo.
Os equipamentos do laboratório permitirão simular a vibração do vento, enquanto sensores de movimento, aceleração e temperatura ficarão responsáveis por detectar qualquer alteração na integridade dos cabos. "Com os testes acelerados, será possível entender, entre outras coisas, o tempo que a ação do vento levaria para romper os fios de alumínio", explica o professor da UnB.
Outra característica fundamental do laboratório será o incentivo à formação de novos pesquisadores na área. "Queremos atrair alunos de graduação e pós-graduação para o desenvolvimento de projetos em conjunto", diz Araújo.
A construção das instalações físicas do laboratório e a compra de equipamentos somaram R$ 1,5 milhão. Os custos foram pagos por meio de uma parceria entre a UnB, a Eletronorte, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, a Companhia Energética de Goiás e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos.
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