UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade (foto: Daiane Souza/ UnB Agência)

Tecnologia contra apagão
20 de dezembro de 2005

UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade. As pesquisas devem ajudar na manutenção da rede brasileira, que soma mais de 80 mil quilômetros de extensão

Tecnologia contra apagão

UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade. As pesquisas devem ajudar na manutenção da rede brasileira, que soma mais de 80 mil quilômetros de extensão

20 de dezembro de 2005

UnB inaugura laboratório para estudar a durabilidade dos cabos transmissores de eletricidade (foto: Daiane Souza/ UnB Agência)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília (UnB) acaba de inaugurar o Laboratório de Fadiga e Integridade Estrutural de Cabos Condutores de Energia. O centro de pesquisa pretende investigar os fatores que afetam a durabilidade dos cabos, incluindo elementos responsáveis por rupturas e maneiras de prevenir apagões.

A idéia é usar os resultados dos estudos para que as empresas brasileiras de transmissão e distribuição de energia possam projetar novas linhas e capacitar as já existentes. O Brasil tem uma malha de cabos que supera os 80 mil quilômetros de extensão, o dobro da circunferência terrestre.

"Com os novos experimentos será possível não só aumentar os limites operacionais dos cabos, o que servirá para o projeto de novas linhas de transmissão, mas também desenvolver metodologias para reduzir os custos de manutenção", disse José Alexander Araújo, coordenador do laboratório, à Agência FAPESP.

Segundo Araújo, o laboratório da UnB figura agora entre um dos mais bem equipados do mundo na área de estudos sobre cabos elétricos. "Isso faz com que toda a capacidade instalada e o nível de instrumentação desse laboratório sejam únicos no Brasil", afirma.

Os cabos transmissores são compostos por dezenas de fios de alumínio e aço entrelaçados. Com a influência do vento e do tempo, eles podem se romper, principalmente nos pontos ligados às torres. "O cabo é preso por um grampo de suspensão que oferece maior atrito dos fios com a torre. O rompimento por fadiga é bem mais constante nesse local", explica Araújo.

Os equipamentos do laboratório permitirão simular a vibração do vento, enquanto sensores de movimento, aceleração e temperatura ficarão responsáveis por detectar qualquer alteração na integridade dos cabos. "Com os testes acelerados, será possível entender, entre outras coisas, o tempo que a ação do vento levaria para romper os fios de alumínio", explica o professor da UnB.

Outra característica fundamental do laboratório será o incentivo à formação de novos pesquisadores na área. "Queremos atrair alunos de graduação e pós-graduação para o desenvolvimento de projetos em conjunto", diz Araújo.

A construção das instalações físicas do laboratório e a compra de equipamentos somaram R$ 1,5 milhão. Os custos foram pagos por meio de uma parceria entre a UnB, a Eletronorte, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, a Companhia Energética de Goiás e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos.


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