Estudo indica que continente gigante de Pangéia se manteve na região equatorial por 100 milhões de anos e, ao contrário do que se suspeitava, não se moveu 20 graus para o norte entre os períodos Permiano e Jurássico (Science)
Estudo indica que continente gigante de Pangéia se manteve na região equatorial por 100 milhões de anos e, ao contrário do que se suspeitava, não se moveu 20 graus para o norte entre os períodos Permiano e Jurássico
Estudo indica que continente gigante de Pangéia se manteve na região equatorial por 100 milhões de anos e, ao contrário do que se suspeitava, não se moveu 20 graus para o norte entre os períodos Permiano e Jurássico
Estudo indica que continente gigante de Pangéia se manteve na região equatorial por 100 milhões de anos e, ao contrário do que se suspeitava, não se moveu 20 graus para o norte entre os períodos Permiano e Jurássico (Science)
O estudo será publicado na edição desta sexta-feira (23/11) da revista Science. Pangéia incorporava todos os continentes hoje existentes em uma única massa de terra que dominou o planeta do período Permiano até o Jurássico. Durante o Jurássico, Pangéia se fragmentou, formando os continentes de Gonduana e Laurásia.
Análises anteriores utilizaram o campo magnético da Terra para determinar a localização do imenso continente. Elas indicaram que ele teria começado no Permiano, nas proximidades do Equador, e se movido para o norte cerca de 20 graus até o começo do Jurássico.
Com base na orientação das camadas de sedimentos nas rochas, a equipe de geocientistas coordenada por Clinton Rowe, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, conseguiu determinar que a direção dos ventos permaneceu constante na área do platô do Colorado ao longo de 100 milhões de anos, indicando que Pangéia teria permanecido no Equador ou em suas proximidades.
Como a descoberta contradiz o movimento de 20 graus, os autores sugerem diversos cenários alternativos. Em um deles, a avaliação é de que o movimento latitudinal da Pangéia, baseado em dados paleomagnéticos, estaria simplesmente errado. Outra hipótese é que o erro estaria na compreensão que se tem da maneira como os ventos dão forma às dunas.
Outro cenário indica que talvez as reconstruções paleogeográficas não possam reproduzir os campos de ventos responsáveis pelas formações de dunas. Ou ainda que a maneira como o clima influenciava os ventos no Jurássico era diferente da atual.
O artigo Inconsistencies between pangean reconstructions and basic
climate controls, de Clinton Rowe e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
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