Sucesso reprodutivo
28 de fevereiro de 2005

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco conseguem obter uma taxa de 90% de pós-larvas ao reproduzir o camarão pitu em cativeiro. Pesquisas anteriores conseguiram, no máximo, 10%

Sucesso reprodutivo

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco conseguem obter uma taxa de 90% de pós-larvas ao reproduzir o camarão pitu em cativeiro. Pesquisas anteriores conseguiram, no máximo, 10%

28 de fevereiro de 2005

 

Agência FAPESP - O pitu, camarão nativo brasileiro listado na categoria vulnerável pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pode estar mais próximo de voltar para o seu ambiente natural, que são os rios. Um estudo desenvolvido em Pernambuco pode ajudar o repovoamento de áreas onde esse crustáceo não é mais achado em abundância.

Coordenado pelo pesquisador Petrônio Coelho, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um estudo realizado em cativeiro conseguiu obter 90% de pós-larvas de camarão pitu. Até hoje, pesquisas desse gênero tinham obtido no máximo 10%.

O índice atingido no estudo realizado no Nordeste é superior inclusive ao encontrado na natureza. Segundo disse o cientista ao Jornal do Commercio, do Recife, no meio natural, de cada 100 mil ovos, apenas dois ou três chegam à fase de pós-larva".

No cativeiro, os pesquisadores também conseguiram uma velocidade de crescimento maior. Nos rios, o pitu demora aproximadamente dois anos e meio para chegar a 90 gramas. Nos tanques, ao serem alimentados com ração para camarão, os crustáceos chegaram ao mesmo peso em 225 dias.

O pesquisador da UFPE, no final do estudo, fez um repovoamento simbólico dos rios Una, ao sul do Estado de Pernambuco, e do São Francisco, que corta cinco estados da região Nordeste, além de um pedaço de Minas Gerais.


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