Faperj quer adaptar à área de educação experiências bem-sucedidas do Programa de Pesquisa para o SUS, diz diretor-científico da fundação fluminense (Foto: Vinicius Zepeda)

Sucesso adaptado
26 de outubro de 2007

Faperj quer adaptar à área de educação experiências bem-sucedidas do Programa de Pesquisa para o SUS, diz diretor científico da fundação fluminense. Projetos de pesquisa em ensino básico receberão R$ 1,2 milhão

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Faperj quer adaptar à área de educação experiências bem-sucedidas do Programa de Pesquisa para o SUS, diz diretor científico da fundação fluminense. Projetos de pesquisa em ensino básico receberão R$ 1,2 milhão

26 de outubro de 2007

Faperj quer adaptar à área de educação experiências bem-sucedidas do Programa de Pesquisa para o SUS, diz diretor-científico da fundação fluminense (Foto: Vinicius Zepeda)

 

Por Alceu Luís Castilho

Agência FAPESP – A pesquisa para o Sistema Único de Saúde (SUS), estimulada desde 2002 pelo governo federal, terá implicações para outra área no Rio de Janeiro.

Jerson Lima da Silva, diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), disse durante o 4º Encontro do Programa de Pesquisas para o SUS (PPSUS), em Brasília, que o modelo de sucesso da parceria com o Ministério da Saúde será parcialmente replicado na área de educação.

"O projeto de interface com escola pública terá modelo parecido com o da pesquisa para o SUS", afirmou, referindo-se ao programa Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas do Rio, parceria entre a Faperj e a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro.

O resultado do edital de R$ 1,2 milhão saiu em outubro e os 48 projetos aprovados devem ser contratados no início de novembro. O objetivo do programa é pesquisar o ensino básico, contribuindo para sua melhoria, para a formação de professores e para a promoção do intercâmbio das universidades com as escolas públicas no estado.

Assim como o PPSUS, o projeto com as escolas públicas visa a interferir diretamente nas ações da rede, com a divulgação e aplicação do conhecimento adquirido. E terá o mesmo modelo de troca de experiências por meio de seminários.

"A educação, no entanto, é mais complexa. Na saúde, você pode escolher algumas prioridades e focar nelas. Na educação, os projetos são muito mais qualitativos", disse Lima da Silva à Agência FAPESP.

Sobre a possibilidade de uma importação completa do modelo do PPSUS para o setor educacional, o pesquisador foi mais reticente. "Como disse neste encontro o professor Mário Saad [coordenador adjunto da área de Biológicas e Saúde da FAPESP], antes do PPSUS da educação é preciso ter o SUS da educação", analisou.

O Rio de Janeiro é importante para analisar o impacto do PPSUS: em cinco anos do programa, o estado foi o que mais apresentou projetos, 312, com um total de R$ 84 milhões aplicados. São Paulo veio logo atrás, com 284, mas com maior investimento: R$ 92 milhões.

O diretor científico da Faperj disse que em 2008 espera ter mais parcerias com ministérios e agências de fomento. Entre as fundações estaduais, a fundação mantém parcerias com as três do Sudeste: FAPESP e as fundações de amparo a pesquisa de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A Faperj recebe hoje 2% da arrecadação tributária líquida do Rio de Janeiro. O valor estimado para 2007, segundo Lima da Silva, é de R$ 217 milhões – R$ 192 milhões do tesouro e R$ 25 milhões de convênios.

O diretor científico conta que a Faperj, criada em 1980, tinha até a década de 1990 um nível "bem modesto" de execução de pesquisas. Atualmente, um dos principais programas é o Pensa Rio – Apoio ao Estudo de Temas Relevantes e Estratégicos para o Estado do Rio de Janeiro, no valor de R$ 30 milhões e com 35 temas multidisciplinares.


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