Clientes potenciais serão consultados por 21 empresas para alinhar ideia inovadora às expectativas do mercado (foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

Startups avaliam plano de negócios em treinamento do PIPE-FAPESP
19 de outubro de 2017

Clientes potenciais serão consultados por 21 empresas para alinhar ideia inovadora às expectativas do mercado

Startups avaliam plano de negócios em treinamento do PIPE-FAPESP

Clientes potenciais serão consultados por 21 empresas para alinhar ideia inovadora às expectativas do mercado

19 de outubro de 2017

Clientes potenciais serão consultados por 21 empresas para alinhar ideia inovadora às expectativas do mercado (foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

 

Claudia Izique | Agência FAPESP – A FAPESP iniciou, em 17 de outubro, o 5º Treinamento PIPE em Empreendedorismo de Alta Tecnologia. Ao longo de oito semanas, empresários e pesquisadores de 21 empresas testarão a consistência de seu plano de negócios ante as expectativas do mercado.

A maioria das empresas participantes tem projeto de pesquisa aprovado na Fase 1 do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), de validação de uma ideia inovadora. Mas, nesta edição do treinamento, a FAPESP abriu, pela primeira vez, oportunidades de participação também para projetos aprovados diretamente na Fase 2 do Programa, de desenvolvimento de produto ou processos inovadores. É o caso da Vetra, que pretende produzir vidros bioativos particulados de alta pureza, e da Zetesis, que quer implementar um ecossistema voltado para a comunidade acadêmica.

O treinamento tem como base o programa I-Corps, concebido por Steve Blank, referência mundial nas abordagens Lean Startup e Customer Development, e adotado pela National Science Foundation (NSF) e National Institute of Health (NIH), entre outras agências federais norte-americanas.

Nas quatro edições anteriores o treinamento foi muito bem avaliado pelos participantes: 78% das empresas participantes “pivotaram” – ou seja, reviram o seu plano de negócio – e 100% confirmaram que seu produto tem potencial de mercado, de acordo com Américo Martins Craveiro, que integra a Coordenação Adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.

“O ambiente de treinamento é considerado motivador, desafiador e produtivo, tendo superado a expectativa de 85,7% dos participantes”, afirmou Craveiro.

A metodologia do treinamento inverte a lógica que, em geral, orienta empreendedores. “O foco está no cliente”, disse Flávio Grynszpan, membro da Coordenação da Área de Pesquisa para Inovação da FAPESP e um dos coordenadores do Programa.

Alinhar ideia inovadora às expectativas do cliente reduz risco de fracassos e aumenta as chances de sucesso do projeto. “No caso de insucesso, a metodologia permite que se limite o tempo e o investimento despendidos antes de a empresa abandonar o negócio”, disse Grynszpan.

Para cotejar o projeto com as demandas do mercado os empresários e pesquisadores participantes do treinamento têm que realizar, no mínimo, uma centena de entrevistas com potenciais clientes. “Nas entrevistas, a ideia não é vender a solução ao cliente, mas melhorar a proposta de valor em seu plano de negócio”, explicou Hélio Graciosa, que também integra a coordenação do treinamento.

Cada empresa participante do treinamento forma uma equipe com dois representantes que será apoiada por um mentor e um comentor indicados pela FAPESP e capacitados na metodologia. Mentores e comentores são empresários com experiência de negócios e conhecimento do mercado, que acompanham e orientam as equipes participantes do Programa – sem qualquer custo para a Fundação.

O PIPE Empreendedor é coordenado por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, tendo Grynszpan, Marcelo Nakagawa e Hélio Marcos Machado Graciosa como adjuntos.
 

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