Time de cada uma das 21 empresas é apoiado por mentor e comentor indicados pela FAPESP (foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

Startups apoiadas pelo PIPE concluem treinamento em empreendedorismo
29 de junho de 2018

Time de cada uma das 21 empresas é apoiado por mentor e comentor indicados pela FAPESP

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Time de cada uma das 21 empresas é apoiado por mentor e comentor indicados pela FAPESP

29 de junho de 2018

Time de cada uma das 21 empresas é apoiado por mentor e comentor indicados pela FAPESP (foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

 

Claudia Izique  |  Agência FAPESP – A Medicina Nuclear Campinas (MND), empresa de serviços em diagnóstico por imagem fundada em 1994, tem apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP para desenvolver um kit com formulação clínica para tratamento de câncer de próstata, que tem como base a proteína PSMA marcada com lutécio 177.

“Esse tratamento não cura o câncer, mas aumenta a sobrevida do paciente”, disse Celso Dario Ramos, especialista em medicina nuclear e diretor administrativo da MND Campinas.

A empresa testou o plano de negócios durante o 7º Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia, junto com outras 20 startups com projetos aprovados na Fase 1 do Programa – de validação de uma ideia inovadora. O objetivo do treinamento é alinhar os projetos às demandas do mercado, aumentando as chances de sucesso da empreitada.

Durante as oito semanas do treinamento, a MND realizou 115 entrevistas com pacientes, médicos, empresas fornecedoras de insumo radioativo e definiu estratégias para contornar “barreiras” previamente identificadas para a implementação do negócio.

Como a empresa já tem permissão para trabalhar com material radioativo, o principal obstáculo estava na autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Já estamos prontos para fazer o primeiro teste de marcação e testar em animais. A Anvisa pode ser uma barreira no futuro. Antes, vamos demonstrar os benefícios do tratamento”, disse Ramos.

Os obstáculos para o acesso ao mercado se revelaram logo na primeira das 140 entrevistas feitas pela Cenamo Tecnologia – que utiliza tecnologia de internet das coisas (IoT) e aplicativo para smartphone para controle remoto de irrigação de plantas, batizado com o nome de Jarduino. “A entrevistada não demonstrou interesse pelo produto porque tinha o hábito de conversar com as plantas durante a rega”, disse Elcio Humphreys, diretor da empresa.

A constatação dessa relação “afetiva” de seus potenciais clientes com as plantas fez com que a empresa reavaliasse o seu plano de negócio – “Jarduino não é só para irrigação, mas um produto funcional” – e adiasse o projeto de colocar a mesma tecnologia a serviço da alimentação de pets.

Metodologia

O treinamento tem como base o programa I-Corps, concebido por Steve Blank, referência mundial nas abordagens Lean Startup e Customer Development, e adotado pela National Science Foundation (NSF) e National Institute of Health (NIH), entre outras agências federais norte-americanas.

Cada empresa participante do Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia forma uma equipe com dois representantes, apoiada por um mentor e um comentor indicados pela FAPESP. Mentores e comentores são empresários com experiência de negócios e conhecimento do mercado, que acompanham e orientam as equipes participantes do Programa – sem qualquer custo para a Fundação.

“O sucesso de empresas de base tecnológica é fundamental para renovar a estrutura industrial de São Paulo e do país e para dar mais densidade tecnológica às empresas”, afirmou Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP, à plateia de empresários que participou do 7º Treinamento.

O PIPE Empreendedor é coordenado por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, tendo Flávio Grynszpan, Hélio Graciosa e Marcelo Nakagawa como adjuntos.

Mais informações sobre o Treinamento do PIPE em Empreendedorismo de Alta Tecnologia: www.fapesp.br/pipe/empreendedor.
 

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