Uma das grandes vantagens do novo sistema é a redução dos exames complementares
(foto: Cancer Info)

Solução benigna
06 de abril de 2005

Sistema desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos oferece alta precisão no diagnóstico precoce do câncer de mama. Objetivo é fornecer uma segunda opinião aos médicos e evitar a realização de mais exames para detecção dos tumores

Solução benigna

Sistema desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos oferece alta precisão no diagnóstico precoce do câncer de mama. Objetivo é fornecer uma segunda opinião aos médicos e evitar a realização de mais exames para detecção dos tumores

06 de abril de 2005

Uma das grandes vantagens do novo sistema é a redução dos exames complementares
(foto: Cancer Info)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Um programa de computador capaz de identificar o risco de câncer de mama, desenvolvido por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP), pretende complementar o diagnóstico dos exames mamográficos.

Com o objetivo de auxiliar os médicos na identificação precoce dos tumores malignos, o software detecta a presença das lesões e as classifica. "Os tumores são reconhecidos com uma precisão de cerca de 90%", disse Ana Cláudia Patrocínio, uma das pesquisadoras responsáveis pela elaboração do programa, à Agência FAPESP. O software foi desenvolvido no Laboratório de Análise e Processamento de Imagens Médicas e Odontológicas (Lapimo), sob coordenação do professor Homero Schiabel.

No processo, o paciente passa normalmente pelos exames de mamografia, para que as informações fornecidas pelo médico sejam adaptadas ao software. A imagem mamográfica é em seguida digitalizada, de modo que o sistema computadorizado de auxílio ao diagnóstico consiga detectar as lesões.

"Por meio do melhoramento do contraste e da resolução da imagem, o software identifica as microcalcificações, que são as primeiras indicações da formação dos tumores, para em seguida classificar o grau de suspeitabilidade do nódulo em benigno ou maligno", explica Ana Cláudia.

A partir daí, o programa divide o grau de malignidade em quatro classes. A primeira não passa de 2% de chance de o tumor ser maligno, enquanto que a última classe apresenta 92% de chances de suspeitabilidade.

Uma das grandes vantagens do sistema é a redução dos exames complementares. "Na dúvida, o médico costuma encaminhar o paciente para o exame de biópsia e, de cada cem pacientes submetidos a esse exame, apenas 30 apresentam lesões malignas. Por conta disso, o maior propósito do software é fornecer um diagnóstico preciso, na tentativa de diminuir o número de biópsias desnecessárias", acrescenta Ana Cláudia.


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