Solidariedade urgente
18 de dezembro de 2003

Hemocentro do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp, pede doações de sangue, que costumam cair pela metade no fim de ano e nas férias de verão, justamente quando há aumento no número de acidentes e nos índices de violência

Solidariedade urgente

Hemocentro do Hospital São Paulo, ligado à Unifesp, pede doações de sangue, que costumam cair pela metade no fim de ano e nas férias de verão, justamente quando há aumento no número de acidentes e nos índices de violência

18 de dezembro de 2003

 

Agência FAPESP - Uma enorme queda no número de doações de sangue costuma acontecer justamente num momento em que há um aumento no número de acidentes e nos índices de violência: nas festas de fim de ano e nas férias de verão.

Para tentar evitar uma diminuição que costuma ser de 50% no período, o Hemocentro do Hospital São Paulo, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está pedindo a solidariedade do público para abastecer seus estoques de sangue.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o ideal é que 5% da população doe sangue pelo menos uma vez ao ano. No Brasil, essa taxa é de apenas 2%, o que representa pouco mais de três milhões de pessoas.

Para o Hospital São Paulo, entre os motivos para o baixo índice de doadores está justamente o desconhecimento sobre a importância do ato. Mesmo com todo o avanço da medicina, ainda não existe um substituto para o sangue humano, utilizado em diversos tipos de paciente, dos acidentados aos cardíacos, passando pelos hemofílicos e qualquer um que se submeta a uma cirurgia com risco de sangramento.

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, doar não afina nem engrossa o sangue. A quantidade padrão doada (450 ml) é quase totalmente reposta pelo organismo 24 horas após a doação. Segundo relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 41% das bolsas de sangue vêm de voluntários. A maior parte – 59% – é doada por pessoas que querem ajudar um parente ou amigo.

A pesquisa da Anvisa mostra ainda um ponto importante: raramente os doadores voltam ao hemocentro depois da doação. Essa falta de regularidade provoca a inconstância nos estoques de sangue. Para minimizar esse problema, uma das saídas seria a fidelização do doador, ou seja, conscientizar a população sobre a importância da doação, criando mecanismos para que as pessoas doem sangue com regularidade.

O posto de coleta do Hemocentro do Hospital São Paulo funciona na rua Botucatu, 620, Vila Clementino, zona sul da cidade, próximo à estação Santa Cruz do Metrô. O atendimento é feito de segunda a sábado, das 8h às 17h. Informações: (11) 5539-2804 / 5539-7289. Há convênio com o estacionamento Lummy Parking - Rua Napoleão de Barros, 737.

Condições para doar, de acordo com o Hospital São Paulo:

  • Ter de 18 a 65 anos de idade;
  • Pesar mais de 50 quilos;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas;
  • Não estar em jejum;
  • Não ter ingerido bebida alcoólica antes da doação;
  • Se mulher, não estar grávida, amamentando ou ter tido parto ou aborto há pelo menos 3 meses;
  • Não estar com febre, gripe ou resfriado;
  • Não ter recebido transfusão de sangue nos últimos 10 anos;
  • Não ter antecedentes de hepatite, doença de Chagas ou sífilis;
  • Não ter comportamento de risco para Aids: ser usuário de drogas injetáveis, ter hábitos homossexuais ou bissexuais ou ter vários parceiros sexuais;
  • Aguardar o prazo de um ano depois de fazer tatuagem ou colocar piercing antes de doar



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