Dois artigos no Journal of the National Cancer Institute trazem resultados surpreendentes e sugerem que a exposição ao sol pode diminuir a incidência e a taxa de mortalidade de melanomas e linfomas (foto: divulgação)
Dois artigos no Journal of the National Cancer Institute trazem resultados surpreendentes e sugerem que a exposição ao sol pode diminuir a incidência de tumores de pele e a taxa de mortalidade por melanomas e linfomas
Dois artigos no Journal of the National Cancer Institute trazem resultados surpreendentes e sugerem que a exposição ao sol pode diminuir a incidência de tumores de pele e a taxa de mortalidade por melanomas e linfomas
Dois artigos no Journal of the National Cancer Institute trazem resultados surpreendentes e sugerem que a exposição ao sol pode diminuir a incidência e a taxa de mortalidade de melanomas e linfomas (foto: divulgação)
Os trabalhos serão publicados na edição de fevereiro do Journal of the National Cancer Institute. O primeiro, liderado por Marianne Berwick, da Universidade do Novo México, em Albuquerque, nos Estados Unidos, analisou a relação entre exposição ao sol, detecção precoce de tumores e sobrevivência ao melanoma, um grave tipo de câncer de pele.
Os pesquisadores norte-americanos conduziram o estudo em mais de 500 pacientes que foram diagnosticados com melanoma no final da década de 1980. Descobriram que três medidas de exposição – queimaduras, alta exposição intermitente e elastose solar (um indicador dos danos à pele) – e a detecção precoce estavam inversamente ligados às mortes por melanoma. O estudo verificou que o índice de mortalidade foi menor nos pacientes com altos níveis de exposição ao sol.
A elastose solar também foi associada a uma maior sobrevivência ao melanoma. A conclusão dos autores é que a exposição aos raios solares está associada a um aumento da taxa de sobrevivência ao melanoma.
"Seria razoável especular que a relação aparentemente benéfica entre a exposição ao sol e a sobrevivência ao melanoma pudesse estar mediada pela vitamina D. Entretanto, uma hipótese alternativa é que os raios solares induzem a formação de tipos menos agressivos de melanoma ao estimular a melanização e aumentar a capacidade de reparação do DNA, dois fatores que podem levar à redução de alterações genéticas posteriores nesse tipo de câncer. Qual hipótese é mais plausível é algo que deve ser determinado", escreveram os autores.
Linfomas
O outro artigo descreve os resultados de um estudo feito na Suécia com 3 mil portadores de linfoma não-Hodgkin e um número similar de indivíduos em um grupo controle. O trabalho procurou verificar a relação entre tomar sol e esse tipo de câncer, cuja taxa de incidência tem aumentado em todo o mundo.
O estudo, liderado por Karin Ekström Smedby, do Instituto Karolinska, trouxe, da mesma forma que o feito nos Estados Unidos, um resultado surpreendente. Os pesquisadores suecos verificaram que o aumento da exposição à radiação ultravioleta por meio de banhos de sol esteve relacionado com uma diminuição – e não uma elevação – no risco de linfomas não-Hodgkin.
Os cientistas, entretanto, alertam que os resultados não são conclusivos. "Antes que a associação inversa entre a exposição à luz ultravioleta e o risco de linfomas não-hodgkianos seja feita, é preciso ter mais dados de outros estudos epidemiológicos e, idealmente, uma melhor compreensão dos mecanismos biológicos existentes", afirmam.
Em editorial do Journal of the National Cancer Institute, William Blot, do Instituto Internacional de Epidemiologia, e colegas discutem como os resultados dos dois estudos oferecem novas evidências de que a luz solar tem influência benéfica no risco de incidência do câncer de pele e avaliam a hipótese de que a vitamina D possa ser um mediador crítico na relação.
Journal of the National Cancer Institute: http://jncicancerspectrum.oupjournals.org
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