Governo pretende atrair investimentos privados para explorar de forma sustentável a floresta
(foto: Eduardo César)

Sob nova direção
13 de julho de 2005

Lei autoriza a gestão privada de florestas públicas para conter o desmatamento. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

Sob nova direção

Lei autoriza a gestão privada de florestas públicas para conter o desmatamento. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

13 de julho de 2005

Governo pretende atrair investimentos privados para explorar de forma sustentável a floresta
(foto: Eduardo César)

 

Por Claudia Izique

Revista Pesquisa FAPESP - O governo federal vai criar uma Floresta Nacional (Flona) no vale do Jamanxim, no Pará, numa área pública de cerca de 6 milhões de hectares e implantar um projeto piloto de exploração sustentável.

A idéia é estimular práticas de manejo entre a população local e atrair investimentos privados para a exploração da madeira e da biodiversidade, por meio de concessão onerosa de áreas de florestas, apoio tecnológico, assistência técnica e crédito. Fundado no conceito de floresta produtiva, o projeto inaugura um novo modelo de proteção à biodiversidade que integra a política científica e tecnológica do país.

As Flonas são áreas de cobertura vegetal nativa constituídas por lei em 1995 para promover o manejo de recursos naturais, proteger os recursos hídricos e fomentar o desenvolvimento de pesquisas. A Flona do vale do Jamanxim – localizada a noroeste da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém – pretende ser uma vitrine do potencial econômico do manejo responsável da floresta e uma espécie de antípoda das ações de desmatamento que, no período 2003-2004, degradaram 2,6 milhões de hectares na Amazônia, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O objetivo é criar uma infra-estrutura de produção que estanque, por exemplo, a venda da madeira in natura e estimule investimentos na sua transformação em produto. Prevê desde a ampliação do número de escolas técnicas até a instalação de indústrias processadoras de toras, centros de biotecnologia e bioindústrias na região.

"O problema da Amazônia é de modelo de desenvolvimento: tem que ter política de crédito, treinamento para agregar valor à floresta em pé por meio da exploração de madeiras, óleos, extratos, essências, etc.", diagnostica João Paulo Capobianco, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Clique aqui para ler o texto completo da reportagem da edição 113 de Pesquisa FAPESP.

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