Pela proposta apresentada na reunião da União Astronômica Internacional, que será votada na semana que vem, Plutão continua planeta e Ceres, Xena e Caronte são promovidos. Muitos outros podem entrar na lista no futuro (UAI)

Sistema Solar pode ter 12 planetas ou mais
17 de agosto de 2006

Pela proposta apresentada na reunião da União Astronômica Internacional, que será votada na semana que vem, Plutão continua planeta e Ceres, Xena e Caronte são promovidos. Muitos outros podem entrar na lista no futuro

Sistema Solar pode ter 12 planetas ou mais

Pela proposta apresentada na reunião da União Astronômica Internacional, que será votada na semana que vem, Plutão continua planeta e Ceres, Xena e Caronte são promovidos. Muitos outros podem entrar na lista no futuro

17 de agosto de 2006

Pela proposta apresentada na reunião da União Astronômica Internacional, que será votada na semana que vem, Plutão continua planeta e Ceres, Xena e Caronte são promovidos. Muitos outros podem entrar na lista no futuro (UAI)

 

Agência FAPESP - Saiu a esperada definição de planeta. E, com ela, Plutão não perde seu status atual e continua como está. Mas os livros escolares terão que ser mudados de qualquer maneira, pois o Sistema Solar pulará dos tradicionais nove para 12 planetas. Por enquanto.

A proposta foi apresentada na assembléia geral da União Astronômica Internacional (UAI), que está sendo realizada em Praga, na República Tcheca, e deverá ser votada na semana que vem pelos participantes da reunião.

Caso seja aprovada, o Sistema Solar passará a ter como planetas, a partir do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão, Caronte e o 2003 UB313, apelidado de Xena e por enquanto ainda sem nome oficial.

Além de Xena, entram na lista Ceres, até então um asteróide, e Caronte, que deixa de ser lua de Plutão. A proposta também divide o Sistema Solar em oito planetas "clássicos" (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno) e três novos, ou "plutonianos" (Plutão, Caronte, Ceres e Xena). Plutonianos, plútons ou planetas anões seriam corpos com órbitas em torno do Sol superior a 200 anos e que poderiam ter origens diferentes dos clássicos.

Pela nova e esperada definição, planeta passaria a ser um corpo celeste com massa suficiente para que sua gravidade permita com que assuma uma forma arredondada e que esteja em órbita de uma estrela, sem ser uma estrela ou satélite de um planeta.

Com isso, a Lua, por exemplo, por ser um satélite da Terra, apesar de maior que Plutão, Caronte, Ceres e Xena, não poderia ser classificada como planeta. Hoje, planeta é um objeto sem luz própria que orbita uma estrela, definição vaga e há tempos insatisfatória, pois permitiria a inclusão na categoria de centenas de objetos do Sistema Solar.

A nova definição de planeta é resultado de dois anos de discussões feitas por especialistas, em projeto coordenado pela UAI. A questão tornou-se urgente entre a comunidade astronômica após a descoberta de Xena, em 2005.

Mas a definição está longe de acabar com a polêmica. O descobridor de Xena, o norte-americano Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, apesar de se dizer orgulhoso por ter encontrado o 12º planeta, considera a proposta uma "completa bagunça e uma péssima idéia".

Em entrevista ao site Space.com, Brown disse que, pela nova definição, o Sistema Solar já deveria ter, hoje, mais 53 planetas, com "um número muito maior ainda a ser descoberto".

A propria UAI deve decidir o destino de 12 outros candidatos a planetas, que podem engrossar a lista do Sistema Solar e levar os livros escolares a freqüentes revisões.

Para ler a proposta do comitê da UAI (em inglês), clique aqui.


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