Estudo da Universidade de Georgetown, nos EUA, demonstra relação até então pouco conhecida entre sinusite e fadiga ou dores de causas inexplicáveis
Estudo da Universidade de Georgetown, nos EUA, demonstra relação até então pouco conhecida entre sinusite e fadiga ou dores de causas inexplicáveis
Segundo os pesquisadores envolvidos, as descobertas oferecem uma nova esperança para pacientes sem diagnóstico ou tratamento para fadiga ou dor. A forma mais severa de fadiga inexplicável é a síndrome da fadiga crônica, marcada por cansaço prolongado e debilitante, com sintomas como dores de cabeça, inflamações de garganta, dores musculares ou distúrbios de memória.
"A fadiga crônica é uma condição que tem frustrado tanto os pacientes como os médicos, uma vez que os tratamentos direcionados apenas aos sintomas, sem o conhecimento das causas, são geralmente ineficientes", disse Alexander C. Chester, professor do Centro Médico da Universidade de Georgetown e líder do estudo. "Mesmo não sendo a sinusite, certamente, a causa de toda dor ou fadiga sem explicação, nosso estudo sugere que ela deve ser considerada como parte da avaliação médica", disse em comunicado distribuído pela universidade.
Chester e equipe avaliaram 297 pacientes e verificaram fadiga crônica em 22%, dores sem causas conhecidas em 11% e 9% de casos em que os pacientes tinham os dois sintomas. Embora os valores fossem consistentes com estudos anteriores, identificaram também uma relação inusitada: a prevalência de sintomas de sinusite.
Segundo os pesquisadores, a sinusite mostrou-se nove vezes mais freqüente em pacientes com fadiga crônica inexplicável e seis vezes mais em outros com dores sem causas conhecidas do que em pacientes comuns.
"Precisamos realizar mais pesquisas para saber se o tratamento da sinusite pode aliviar a fadiga ou dor, mas esse estudo certamente oferece esperança para o futuro", disse Chester.
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