Desenhos animados com muitos flashes podem causar convulsões em quem já tem sensibilidade ao estímulo luminoso
Estudo feito pela Fundação de Epilepsia dos Estados Unidos aponta que convulsões desenvolvidas a partir de estímulos visuais, da TV ou do computador, devem ser tratadas como problema de saúde pública
Estudo feito pela Fundação de Epilepsia dos Estados Unidos aponta que convulsões desenvolvidas a partir de estímulos visuais, da TV ou do computador, devem ser tratadas como problema de saúde pública
Desenhos animados com muitos flashes podem causar convulsões em quem já tem sensibilidade ao estímulo luminoso
No artigo, médicos e pesquisadores de instituições de diversos países discutem inicialmente se assistir televisão, jogar videogames ou navegar pela internet causa convulsões. O trabalho deixa claro que não. O que ocorre é que pessoas suscetíveis a estímulos visuais podem desencadear uma crise convulsiva em determinadas ocasiões.
Para que isso seja evitado, dizem os autores, tanto os fabricantes dos equipamentos como os usuários podem tomar algumas precauções. Os primeiros devem evitar lançar jogos com um número de flashes por segundo entre 5 e 30, que oferecem maior risco de estimular episódios convulsivos.
Para os usuários, a simples distância da fonte luminosa pode impedir que a epilepsia apareça. "O videogame, por exemplo, revela a vulnerabilidade do indivíduo com a sensibilidade", afirma Giuseppe Erba, do Departamento de Neurologia e Pediatria da Universidade de Rochester, em comunicado da Fundação de Epilepsia.
Segundo os autores, episódios como os que ocorreram no Japão em dezembro de 1997, quando 700 crianças foram hospitalizadas após assistir ao desenho animado Pokémon, ajudam no diagnóstico. A exposição a flashes luminosos e a padrões repetitivos de imagens não causaria epilepsia, ou convulsão, em indivíduos não-suscetíveis.
A maior probabilidade de crises convulsivas por estímulo luminoso ocorre entre pessoas de 7 a 19 anos. A incidência anual nos Estados Unidos, nesse grupo etário específico, é de um caso para 17,5 mil pessoas. Na população em geral, a proporção é bem maior. Um episódio para cada 91 mil pessoas.
O estudo da Fundação de Epilepsia pode ser consultado, em inglês, no endereço: www.epilepsyfoundation.org
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