A sala do supercomputador

Simulações climáticas
01 de outubro de 2003

Primeiros resultados obtidos pelo supercomputador Earth Simulator estão sendo apresentados esta semana na Universidade de Cambridge. O sistema, desenvolvido em conjunto por japoneses e ingleses, poderá fazer análises climáticas com alta precisão, além de prever furacões e grandes tempestades

Simulações climáticas

Primeiros resultados obtidos pelo supercomputador Earth Simulator estão sendo apresentados esta semana na Universidade de Cambridge. O sistema, desenvolvido em conjunto por japoneses e ingleses, poderá fazer análises climáticas com alta precisão, além de prever furacões e grandes tempestades

01 de outubro de 2003

A sala do supercomputador

 

Agência FAPESP - Mais do que saber quando e onde será a próxima grande tempestade ou furacão, os cientistas também tentam prever, com antecedência, qual será o impacto regional do fenômeno natural que está se formando. Apesar de a tecnologia ser avançada nesse campo, muitas informações ainda são perdidas e, em alguns casos, a população de áreas de risco acabam sendo apanhadas de surpresa pelo tempo ruim.

Com o objetivo ousado de construir um simulador do planeta Terra, pesquisadores japoneses desenvolveram um supercomputador para estudar grandes mudanças climáticas. Trata-se de um sistema composto por 640 computadores individuais, interligados por 83 mil cabos, que ocupa uma área do tamanho de quatro quadras de tênis.

Os primeiros resultados do projeto, que também conta com a participação de instituições britânicas como a Universidade de Cambridge, estão prontos e serão apresentados em seminário aberto na quarta-feira (1/10) e que vai até sexta, na Inglaterra.

Julia Singo, diretora do Centro de Ciências Atmosféricas do governo britânico, classificou os resultados iniciais de "muito empolgantes". Para ela, o simulador conseguirá prever com muita precisão os estragos de uma grande tempestade ou informar quando determinadas regiões do globo estarão expostas a temperaturas muito extremas.

No caso da Inglaterra, informações provenientes do simulador serão importantes para regular, por exemplo, o tráfego de trens. Problemas nas linhas férreas costumam ocorrer tanto no alto verão como com temperaturas muito baixas.

O simulador construído no Japão pode ter várias outras aplicações, como modelar, além das movimentações atmosféricas, a circulação oceânica e até o comportamento das capas de gelo nos pólos do globo. De acordo com os cientistas responsáveis, interações entre o clima e a vida marinha ou com as florestas também poderão ser previstas futuramente pelo supercomputador.


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