Silício iluminado
24 de janeiro de 2005

No Instituto de Tecnologia da Califórnia pesquisadores conseguiram desenvolver um transistor que emite luz totalmente baseado em silício. A novidade, publicada on-line nesta segunda (24/1) pela Nature Materials, abre um campo novo de aplicações no setor óptico-eletrônico

Silício iluminado

No Instituto de Tecnologia da Califórnia pesquisadores conseguiram desenvolver um transistor que emite luz totalmente baseado em silício. A novidade, publicada on-line nesta segunda (24/1) pela Nature Materials, abre um campo novo de aplicações no setor óptico-eletrônico

24 de janeiro de 2005

 

Agência FAPESP - Apesar de ser a grande vedete dos circuitos eletrônicos modernos, o silício ainda apresenta algumas limitações. Uma das principais é a pouca capacidade que ele tem de emitir luz. Essa propriedade é fundamental para que esse elemento possa ser usado com mais freqüência, por exemplo, no campo óptico-eletrônico.

Se depender dos resultados obtidos no Laboratório de Física Aplicada do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos poucos defeitos importantes do silício poderá deixar de existir. A equipe liderada pelo pesquisador Robert Walters acaba de desenvolver um mecanismo que faz, de forma bastante satisfatória, o elemento químico emitir luz.

O estudo, publicado on-line nesta segunda-feira (24/1) no site da revista Nature Materials, mostra que se uma peça inteira de silício, pobre emissora de luz, for fracionada, a situação muda bastante. Os pesquisadores descobriram que cristais nanométricos do elemento químico, quando isolados, apresentam uma significativa propriedade de emitir luz.

Quando esses nanocristais foram incorporados aos transitores convencionais de silício, e uma voltagem alternada foi aplicada sobre eles, a capacidade da emitir luz continuou intacta. O efeito eletroluminescente obtido agradou aos cientistas.

A busca de mecanismos que façam o próprio silício emitir luz é importante para baratear os processos de fabricação dos setores microeletrônicos. Até hoje, as fontes convencionais usadas nesses processos, como os semicondutores feitos a partir do elemento químico gálio, além de serem de difícil obtenção também costumam consumir muitos recursos dos orçamentos das indústrias.


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