Estudos examinam os fatores neurobiológicos que promovem as diferenças entre homens e mulheres em relação ao comportamento sexual
Revista Nature Neuroscience traz edição especial com estudos que examinam os fatores neurobiológicos que promovem as diferenças entre homens e mulheres em relação ao comportamento sexual
Revista Nature Neuroscience traz edição especial com estudos que examinam os fatores neurobiológicos que promovem as diferenças entre homens e mulheres em relação ao comportamento sexual
Estudos examinam os fatores neurobiológicos que promovem as diferenças entre homens e mulheres em relação ao comportamento sexual
A abertura acima é do editorial da revista Nature Neuroscience de outubro, que traz uma cobertura especial sobre o "cérebro sexual", em que examina como os cientistas estão procurando entender a neurobiologia por trás do comportamento sexual.
"Para entender o que nos estimula sexualmente, devemos primeiro olhar para o desenvolvimento, onde são formados os caminhos neurais básicos que irão direcionar machos e fêmeas para atuar de maneiras determinadas", diz o editor associado da publicação, Brian Fiske.
Em um dos artigos do especial, John Morris, Cynthia Jordan e Marc Breedlove, do Programa de Neurociência da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, discutem o desenvolvimento e a diferenciação de um número de estruturas sexualmente dimórficas no cérebro e no sistema nervoso de roedores e pássaros.
Os cientistas procuraram especialmente verificar como a testosterona promove o comportamento masculino e o desenvolvimento estrutural do cérebro pela alteração da sobrevivência celular e da formação das conexões sinápticas. Segundo os autores, comportamentos humanos complexos – como a orientação sexual – devem se desenvolver por meio das ações de hormônios pré-natais.
"Nos modelos de vertebrados estudados, um único fator, o hormônio testosterona, responde pela maioria das diferenças sexuais conhecidas na estrutura neural e no comportamento", afirmam os pesquisadores.
Mas, segundo eles, mais estudos são necessários para descobrir as células e genes específicos nos quais o hormônio atua para iniciar os eventos que levarão à diferenciação. "Homens e mulheres têm comportamentos distintos porque os primeiros são expostos à testostenona antes do nascimento?", questionam.
Embora, então, muito do que faz homens e mulheres sexualmente diferentes ocorra na gestação, é durante a adolescência que as particularidades de cada gênero se tornam mais evidentes, assim como se manifesta a capacidade de reprodução.
Para analisar o assunto, Cheryl Sisk, da Universidade do Estado de Michigan, e Douglas Foster, da Universidade de Michigan, descrevem em outro artigo como o cérebro auxilia no início da puberdade, levando à maturação das gônodas e à produção e liberação de hormônios. Esses atuam pela indução de características sexuais secundárias e pela estimulação de circuitos cerebrais formados durante o desenvolvimento, que controlam o comportamento sexual.
Para os autores, a adolescência é definida apenas a partir da ativação desses circuitos cerebrais pelos hormônios. Uma série de comportamentos não amadurece totalmente até a puberdade, o que sugere que o cérebro continua a se desenvolver sexualmente durante o período. "A maturidade reprodutiva é produto de interações precisas, recorrentes e dirigidas pelo cérebro entre hormônios esteroidais e o sistema nervoso adolescente", dizem.
Mais informações: www.nature.com/neuro/focus/sexual_brain/index.html
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