Seqüenciamento brasileiro é publicado nos EUA
22 de setembro de 2003

Revista da Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos, publica artigo sobre a bactéria Chromobacterium violaceum, seqüenciada pela Rede Nacional do Projeto Genoma Brasileiro

Seqüenciamento brasileiro é publicado nos EUA

Revista da Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos, publica artigo sobre a bactéria Chromobacterium violaceum, seqüenciada pela Rede Nacional do Projeto Genoma Brasileiro

22 de setembro de 2003

 

Agência FAPESP - O artigo científico contendo o código genético da bactéria Chromobacterium violaceum, seqüenciado pela Rede Nacional do Projeto Genoma Brasileiro, acaba de ser veiculado em uma das mais importantes publicações científicas do mundo.

A Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, publicou o artigo The complete genome sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial adaptability, ressaltando o trabalho cooperativo dos 25 laboratórios brasileiros envolvidos no projeto. O trabalho foi publicado no site da revista (para ler clique aqui) no dia 18 e sai na próxima edição impressa da PNAS.

O seqüenciamento inédito contou com a participação de 109 pesquisadores, que trabalharam em rede a partir de vários laboratórios espalhados pelo país. As informações sobre os genes foram depositadas em bancos internacionais, gerando até o momento 29 pedidos de patentes para as seqüências de interesse científico ou econômico. A rede de seqüenciamento, que vai do Amazonas ao Rio Grande do Sul, foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) num investimento de cerca de R$ 12 milhões.

Os resultados obtidos no esforço nacional para capacitação em genômica colocaram o Brasil em posição de destaque. Em apenas dois anos após o início dos trabalhos, o país já é reconhecido como uma das principais potências na área, além de ser o terceiro país no mundo em número de genomas seqüenciados.

A Chromobacterium violaceum teve a anotação de seus genes finalizada com 4,2 milhões de pares de bases. Agora, os cientistas vão pesquisar as propriedades de interesse médico, econômico e ambiental que estão relacionadas com o genoma. Trata-se de uma bactéria com grande potencial biotecnológico pelo fato de sintetizar compostos antibióticos e antitumorais.

O microrganismo, que tem atividade contra a doença de Chagas e a malária, também pode levar ao desenvolvimento de bioplásticos, além de poder ser usado na retirada de metais pesados de solos contaminados, reduzindo impactos ambientais em áreas de garimpo.


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