Lembranças recorrentes e problemas psicológicos duradouros continuam diminuindo a qualidade de vida dos soldados que estiveram na Guerra na Coréia
Lembranças recorrentes e problemas psicológicos duradouros continuam diminuindo a qualidade de vida dos soldados que estiveram na Guerra na Coréia. Uma pesquisa que investigou o estado psicológico de 1,5 mil veteranos acaba de ser apresentada
Lembranças recorrentes e problemas psicológicos duradouros continuam diminuindo a qualidade de vida dos soldados que estiveram na Guerra na Coréia. Uma pesquisa que investigou o estado psicológico de 1,5 mil veteranos acaba de ser apresentada
Lembranças recorrentes e problemas psicológicos duradouros continuam diminuindo a qualidade de vida dos soldados que estiveram na Guerra na Coréia
O estudo detectou que mesmo os soldados que não desenvolveram, ao longo do tempo, algum distúrbio psiquico aparente sofrem com o passado. Como todos os militares entrevistados têm hoje entre 70 e 90 anos de idade, informações como as detectadas no Reino Unido são fundamentais para psicólogos e enfermeiras que trabalham com pessoas idosas.
"Nossa pesquisa revelou dados básicos importantes. Na prática, será possível agora suspeitar com mais embasamento científico de traumas de guerra. Não temos como medir o impacto dessas memórias, mas sabendo dessas conseqüências, poderemos, pelo menos, respeitá-las mais", afirmou a enfermeira Deidre Wild, da Universidade do Oeste da Inglaterra, principal autora do estudo. O trabalho foi apresentando na semana passada na 33ª Reunião Anual da Sociedade de Gerontologia do Reino Unido.
A Guerra da Coréia foi um dos primeiros conflitos da chamada Guerra Fria. Além disso, foi o primeiro grande teste para a recém-criada Organização das Nações Unidas. Tropas de 16 países foram enviadas para a distante e até então desconhecida Coréia, local que foi considerado inóspito na época por causa do calor imenso do verão e do frio rigoroso no inverno.
O fato de a guerra ter sido praticamente esquecida no Reino Unido – mesmo na época as tropas voltaram para a Europa sem muita pompa – é uma das explicações que justifica o baixo número de estudos científicos sobre o tema. Em termos de mortes, inclusive, ela chega a rivalizar com a Guerra do Vietnã.
Outra informação detectada pelas entrevistas, considerada importante pelos cientistas é que, apesar de terem vidas confortáveis no pós-guerra, a maioria dos veteranos foi categórico: o sentimento de perda não seria tão grande se eles não tivessem ido para o campo de batalha.
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