Pesquisadores da USP desenvolvem método para produção de tintas quase sem odor. Leia em reportagem na nova edição da revista Pesquisa FAPESP
Pesquisadores da USP desenvolvem método para produção de tintas quase sem odor. Leia em reportagem na nova edição da revista Pesquisa FAPESP
Revista Pesquisa FAPESP - Fabricar uma tinta de parede sem cheiro para ambientes que possam ser utilizados logo em seguida à aplicação é um objetivo perseguido pelas indústrias químicas há cerca de duas décadas.
O produto seria útil em hospitais, escolas e restaurantes, locais onde é indesejável a presença de vapores responsáveis pelo odor característico das tintas. A solução ficou mais próxima de ser alcançada com estudos do Centro de Engenharia de Sistemas Químicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP).
A pesquisa, coordenada pelo engenheiro químico Reinaldo Giudici, apresentou resultados satisfatórios e conseguiu reduzir a concentração de monômeros residuais – substâncias tóxicas responsáveis pela maior parte do cheiro das tintas – para menos de 100 partes por milhão (ppm), ou seja, 0,01% ou 0,01 grama de monômero para cada 100 gramas de emulsão polimérica, resina que é o principal componente da tinta. Embora o cheiro não tenha sido totalmente removido, ele ficou quase imperceptível.
"Os processos mais eficientes para remoção de odor hoje utilizados comercialmente não conseguem concentrações menores do que 1.000 ppm, dez vezes maior do que obtivemos", diz o pesquisador. "Para chegar a esse resultado, prolongamos e intensificamos a reação química de polimerização, de modo que mais monômeros reajam e sejam transformados em polímeros."
Para entender o que isso quer dizer é preciso, antes, compreender como se dá o processo de fabricação das tintas látex, à base de água (sem solventes), as mais utilizadas para pintura de paredes internas e externas.
O principal componente desse produto é uma emulsão aquosa constituída por polímeros, macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores, os monômeros. Os monômeros mais utilizados nas tintas látex são o acetato de vinila (que dá origem às tintas vinílicas) e o acrilato de butila (matéria-prima das tintas acrílicas).
Usualmente dois tipos de monômero são polimerizados conjuntamente de modo a se obter determinadas propriedades no polímero. Os monômeros estireno e butadieno, por sua vez, são usados na fabricação de um látex empregado em revestimentos de papel cuchê, produto que também será beneficiado com a nova tecnologia.
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