Segurança fluvial
17 de novembro de 2003

Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo desenvolve estudo para promover melhorias em embarcações de modo a tornar o transporte fluvial na Amazônia mais seguro

Segurança fluvial

Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo desenvolve estudo para promover melhorias em embarcações de modo a tornar o transporte fluvial na Amazônia mais seguro

17 de novembro de 2003

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está desenvolvendo um estudo para encontrar soluções técnicas que aumentem a segurança das embarcações na Amazônia. De acordo com o engenheiro naval Carlos Padovezi, diretor da Divisão de Tecnologia de Transportes do instituto e coordenador do projeto, todos os anos ocorrem cerca de 100 acidentes nos rios da região, com uma média de 50 vítimas fatais.

O estudo, intitulado Segurança do transporte fluvial de passageiros na região amazônica, foi encomendado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Problemas como a utilização de embarcações de concepção primitiva, falta de regulamentação do transporte fluvial, superlotação de barcos e mistura de cargas e passageiros são os principais motivos da ocorrência de acidentes e naufrágios, segundo a pesquisa.

As conclusões e soluções derivadas do projeto serão apresentadas a organismos governamentais e à comunidade técnica naval, com o objetivo de viabilizar políticas públicas voltadas para uma maior segurança no transporte nos rios brasileiros. "Ainda não temos um investimento concreto para a implementação dessas medidas preventivas, que certamente deverão salvar muitas vidas na região amazônica", disse Padovezi em entrevista à Agência FAPESP.

Para o pesquisador, entre as soluções para minimizar o problema estão a adição de material como poliuretano junto às proas dos cascos de madeira de modo a diminuir os efeitos de colisões frontais com troncos, a revisão dos limites de número de passageiros e de quantidade de carga transportadas por cada embarcação e a instalação de alarmes de início de alagamento de tanques.

"Estamos trabalhando com um universo de aproximadamente sete mil embarcações que transportam passageiros. A aplicação dos resultados do estudo só será possível por meio de parcerias com o governo", disse Padovezi.


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