Saúde debilitada
19 de maio de 2004

Pesquisa Mundial de Saúde, desenvolvida pela OMS e conduzida no Brasil pela Fiocruz, revela que 14,4% dos brasileiros são desdentados, 28,5% está acima do peso ideal e 9,1% já tiveram que vender bens ou pedir empréstimos para pagar gastos com saúde

Saúde debilitada

Pesquisa Mundial de Saúde, desenvolvida pela OMS e conduzida no Brasil pela Fiocruz, revela que 14,4% dos brasileiros são desdentados, 28,5% está acima do peso ideal e 9,1% já tiveram que vender bens ou pedir empréstimos para pagar gastos com saúde

19 de maio de 2004

 

Agência FAPESP - A Pesquisa Mundial de Saúde, que vem sendo conduzida em 71 países pela Organização Mundial de Saúde (OMS), traz dados nada animadores em relação ao Brasil. A parte nacional, coordenada pelo Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela, por exemplo, que, enquanto 14,4% dos brasileiros não têm um único dente, 28,5% está acima do peso ideal.

Entre as mulheres de baixa renda com mais de 50 anos, a perda de todos os dentes chega a alarmantes 55,9%. A pesquisa verificou também que os brasileiros gastam em média 19% da renda domiciliar mensal com saúde. Entre os cidadãos de baixa renda, o que mais pesa no bolso são os medicamentos, respondendo por 61% das despesas com saúde. Entre os mais ricos, o maior gasto é com planos de saúde. Dos entrevistados, 9,1% já tiveram que vender bens ou pedir empréstimos para pagar gastos com saúde.

Os dados foram divulgados pela Fiocruz nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro. De acordo com a fundação, as informações devem servir de base para orientar as políticas de saúde no país. Cinco mil famílias, de todas as regiões brasileiras e de todas as classes sociais, responderam ao questionário, conduzido entre janeiro e setembro de 2003.

Entre os outros dados encontrados, 9% dos brasileiros disseram ter a saúde ruim ou muito ruim. O principal problema relatado foi o estado de ânimo, que engloba preocupação, ansiedade, tristeza ou depressão. "A doença mental foi o que causou maior impacto e esta parece ser uma tendência no mundo", afirma Célia Landmann, coordenadora da pesquisadora.


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