Plano Nacional de Pós-Graduação pretende expandir o sistema de formação de doutores para 16 mil por ano, até 2010 (foto: FAPESP)

Rumo a 2010
21 de julho de 2005

Plano Nacional de Pós-Graduação, apresentado na 57ª Reunião da SBPC, em Fortaleza, pretende expandir o sistema de formação de doutores para 16 mil por ano, até 2010.

Rumo a 2010

Plano Nacional de Pós-Graduação, apresentado na 57ª Reunião da SBPC, em Fortaleza, pretende expandir o sistema de formação de doutores para 16 mil por ano, até 2010.

21 de julho de 2005

Plano Nacional de Pós-Graduação pretende expandir o sistema de formação de doutores para 16 mil por ano, até 2010 (foto: FAPESP)

 

Por Karin Fusaro, de Fortaleza

Agência FAPESP - O Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2005-2010), apresentado na 57ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), tem uma meta bastante ousada: conseguir fazer com que, até 2010, 16 mil doutores estejam sendo formados todos os anos no Brasil.

Não é apenas uma questão numérica. De acordo com o plano, formar pesquisadores titulados é essencial para tornar o país competitivo em áreas estratégicas, como educação, ciência e tecnologia.

Lançado no início de 2005, o plano foi elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para dar continuidade e projetar as perspectivas da pós-graduação no país. "Ele tem como base a trajetória que percorremos em 40 anos de pós-graduação no Brasil e levou em consideração seu crescimento e demanda acentuada", disse Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes.

Uma das propostas para alcançar significativo índice de formação de doutores em tão pouco tempo é que todo o processo, da graduação à titulação, seja concluído em oito anos. Outra é fazer com que haja uma certa indução na criação de cursos de interesse para o desenvolvimento do país, abandonando a demanda espontânea da comunidade científica.

"Queremos criar um novo perfil na pós-graduação. Precisamos que ela forme o professor-pesquisador – que por sua vez será também atuante na formação de recursos humanos – e o cientista inserido na empresa", afirmou Manoel Odorico de Morais Filho, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Ceará, integrante do conselho superior da Capes.

A implementação do plano custará à Capes, apenas em 2005, R$ 87 milhões. "Será necessário que se crie outra Capes na questão orçamentária", afirmou Emídio Cantídio de Oliveira Filho, professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e integrante do conselho superior da agência federal de fomento.

Agora, a preocupação maior é saber de onde virá a verba para que o plano saia do papel. "Será necessário um esforço conjunto das agências de fomento estaduais na concessão de bolsas e, sobretudo, muita parceria com empresas", disse Guimarães.


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