Rabbit, desenvolvido por cientistas franceses e norte-americanos, supera o 'andar robotizado' e caminha com movimentos similares ao de um ser humano (foto: divulgação)

Robô cheio de ginga
17 de maio de 2005

Rabbit, desenvolvido por cientistas franceses e norte-americanos, supera o 'andar robotizado' e caminha com movimentos similares aos de um ser humano

Robô cheio de ginga

Rabbit, desenvolvido por cientistas franceses e norte-americanos, supera o 'andar robotizado' e caminha com movimentos similares aos de um ser humano

17 de maio de 2005

Rabbit, desenvolvido por cientistas franceses e norte-americanos, supera o 'andar robotizado' e caminha com movimentos similares ao de um ser humano (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP - Ainda está muito longe o dia em que robôs poderão ser considerados inteligentes – se é que esse futuro chegará. Mas muitos avanços têm ocorrido no desenvolvimento de sistemas móveis, a ponto de o tradicional "andar robotizado" correr o risco de se tornar uma expressão em desuso.

Após seis anos de pesquisa e desenvolvimento, cientistas franceses e norte-americanos chegaram ao estado da arte em robôs que caminham sobre duas pernas. O exemplo maior está na máquina apelidada de Rabbit, que anda graciosamente, com movimentos e ginga que lembram os de um ser humano.

A maioria dos robôs bípedes existentes se move desajeitadamente e depende de bases largas para poder caminhar sem tropeçar ou cair. O Rabbit não tem pés, mas bases que lembram as pontas de uma perna-de-pau ou de uma muleta. A diferença é a existência de articulações que fazem as vezes de joelhos e quadril. As pontas, onde o robô se apóia, são pivotantes, permitindo facilmente a mudança de rota.

Para construir pernas pivotantes, dizem os cientistas envolvidos no projeto, foi fundamental que as diferentes partes do robô interagissem dinamicamente, pois, do contrário, as quedas seriam certas.

Segundo Jessy Grizzle, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, responsável pelo desenvolvimento do sistema que permitiu ao robô balançar enquanto caminha, essa nova capacidade tem muitas aplicações possíveis em campos como o da saúde. Próteses muito mais sofisticadas do que as existentes atualmente são uma das possibilidades.

O sistema de controle empregado para o deslocamento – publicado recentemente no International Journal of Robotics Research – envolve um método de análise que permite estipular antecipadamente como o robô irá se mover.

"O conceito de estabilidade concentra-se em duas premissas. A primeira é uma maneira de entender o suficiente das dinâmicas de caminhar e de balançar de modo que isso possa ser expresso em fórmulas matemáticas. A segunda é produzir automaticamente o algoritmo de controle que induz os movimentos desejados", disse Grizzle, em comunicado da Universidade de Michigan.

O Rabbit está em desenvolvimento no Laboratoire Automatique de Grenoble (LAG), na França, e faz parte do projeto Robea (Robotics and Artificial Entity), que envolve sete laboratórios do país e conta com financiamento do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS).

Para saber mais sobre o Rabbit e ver vídeos do robô caminhando, clique aqui.


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