Pesquisa afirma que sexo e drogas aumentam consideravelmente os casos de depressão e as tentativas de suicídio entre adolescentes
(foto: CSUDH)
Estudo que acaba de ser divulgado nos EUA afirma que sexo e drogas aumentam consideravelmente os casos de depressão e as tentativas de suicídio entre adolescentes. O suicídio já é a terceira causa de morte entre 15 e 19 anos
Estudo que acaba de ser divulgado nos EUA afirma que sexo e drogas aumentam consideravelmente os casos de depressão e as tentativas de suicídio entre adolescentes. O suicídio já é a terceira causa de morte entre 15 e 19 anos
Pesquisa afirma que sexo e drogas aumentam consideravelmente os casos de depressão e as tentativas de suicídio entre adolescentes
(foto: CSUDH)
Depressão e suicídio são mais comuns entre adolescentes do que se imaginava. De acordo com o estudo, 28% dos alunos do ensino médio nos Estados Unidos já experimentaram depressão severa. Além disso, o suicídio é a terceira principal causa de morte no país entre pessoas entre 15 e 19 anos. A taxa dobrou entre 1960 e 2001.
A pesquisa, coordenada pelo Centro pelo Avanço da Ciência, foi publicada na edição atual do American Journal of Preventive Medicine. Os responsáveis pelo estudo analisaram diversos padrões de comportamento envolvendo sexo e drogas a partir de dados obtidos de um levantamento feito pelo governo norte-americano com 19 mil adolescentes em 132 escolas do país. Os participantes foram divididos em 16 grupos, de indivíduos sem experiências com drogas ou sexo a usuários costumazes ou jovens com múltiplos parceiros sexuais.
Os resultados indicaram que os menores índices de depressão, idéias suicidas e tentativas de tirar a vida foram observados em adolescentes ainda sem experiências com sexo ou uso de drogas. Os maiores índices ficaram entre aqueles que usavam habitualmente drogas pesadas ou tinham maior atividade sexual.
"Os resultados sugerem que profissionais de saúde, ao conhecerem pacientes adolescentes que reportem relações sexuais ou episódios de uso de drogas, devem pensar seriamente em avaliá-los em relação a riscos de repressão ou de suicídio", afirmou um dos autores do estudo, Denise Hallfors, do Instituto para Pesquisa e Avaliação do Pacífico em Chapel Hill, na Carolina do Norte.
"É muito importante que não se perca a oportunidade de diagnosticar a depressão, uma vez que há tratamentos efetivos disponíveis, nem se ignore o risco de suicídio, pois episódios trágicos podem ser evitados", disse.
A pesquisa mostrou também que as meninas são menos suscetíveis a comportamentos considerados de risco do que os meninos. Por outro lado, elas são mais vulneráveis a episódios de depressão ou de suicídio.
Os cientistas também estudaram a relação com o estado socioeconômico e verificaram que, embora as classes mais altas tivessem menos casos de depressão, apresentaram maior freqüência de pensamentos suicidas.
Os pesquisadores afirmam que mais estudos são necessários para entender o fenômeno e descobrir o que vem primeiro: sexo e drogas ou problemas psicológicos.
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