Moradores da Vila de Vigia (PA) e de Belém apresentam as mesmas chances de ter problemas no coração. Apesar de a alimentação ser mais saúdável no interior do que na capital, a bebida e o cigarro resultam em maior pressão sobre a comunidade rural
Moradores da Vila de Vigia (PA) e de Belém apresentam as mesmas chances de ter problemas no coração. Apesar de a alimentação ser mais saúdável no interior do que na capital, a bebida e o cigarro resultam em maior pressão sobre a comunidade rural
Mesmo com um nível de risco igual, os cientistas paraenses, que publicaram um artigo sobre o assunto no periódico Arquivos Brasileiro de Cardiologia, identificaram uma tendência importante.
Como eles compararam uma zona rural a uma urbana, e os níveis obtidos foram idênticos, acreditam estar provado que o meio ambiente, além do componente genético, tem uma importância muito grande quando o assunto é desenvolvimento de doenças dentro de uma mesma população.
Na análise, os pesquisadores investigaram todos os componentes triviais para se medir a saúde de um indíviduo, como dieta, massa corporal, níveis de colesterol e triglicérides. A comunidade urbana, por ser em média mais sedentária, obesa e viver mais sob estresse, apresentou resultados bem diferentes da rural.
Mas se os ribeirinhos da Vila Vigia são mais magros e no dia-a-dia consomem muito peixe – gordura insaturada – porque o risco de ter doenças do coração é o mesmo dos moradores da capital?
"Apesar do risco reduzido de problemas cardiovasculares, o estudo identificou a necessidade de que se tenha muita atenção em relação ao consumo de cigarro e de álcool na população rural", escreveram os pesquisadores. Até a possibilidade de o estresse migrar da zona urbana para rural precisa ser analisada, afirma a pesquisa.
Para ler o artigo sobre o trabalho, disponível na biblioteca eletrônica SciELO, clique aqui.
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