Exposição trata da vida antes de os dinossauros dominarem por completo o cenário na Terra
(foto:divulgação)

Riqueza fossilífera
14 de junho de 2005

Depois de atrair grande público em Porto Alegre, exposição paleontológica montada pela UFRGS ganha a estrada e é montada na Universidade Estadual de Maringá

Riqueza fossilífera

Depois de atrair grande público em Porto Alegre, exposição paleontológica montada pela UFRGS ganha a estrada e é montada na Universidade Estadual de Maringá

14 de junho de 2005

Exposição trata da vida antes de os dinossauros dominarem por completo o cenário na Terra
(foto:divulgação)

 

Agência FAPESP - Se o ser humano se acha atualmente o maioral do planeta Terra, no período Triássico, quando surgiram os dinossauros, a situação era bem diferente. Os grandes reptéis, que conviveram com os mamíferos mais primitivos, dominavam o cenário planetário.

Mas e antes deles aparecerem? As muitas coisas que já haviam sido vividas, e acabaram sendo registradas nas rochas para a posteridade, podem ser vistas em parte a partir de agora na Universidade Estadual de Maringá (PR).

A exposição intitulada "Antes dos Dinossauros – A Evolução da Vida e seu Registro Fóssil no RS" fez um grande sucesso em Porto Alegre, cidade de origem da mostra que ganhou a estrada na última semana em direção ao interior do Paraná. "O nome faz uma alusão ao período anterior àquele em que os dinossauros se tornaram os senhores absolutos da fauna terrestre", explicou João Carlos Coimbra à Agência FAPESP. O professor gaúcho participou da curadoria da exposição ao lado do também pesquisador da UFRGS Cesar Leandro Schultz.

A maioria dos fósseis da exposição é original. Eles cobrem todos os continentes e fazem parte da coleção de mais de 15 mil espécies (60 mil exemplares aproximadamente) do Museu de Paleontologia do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS. Todo o período da evolução da vida na Terra está coberto. Desde o aparecimento das primeiras formas de vida marinha, há 3,5 bilhões de ano, representadas pelas cianobactérias, até os tempos modernos.

Os curadores informam que a ênfase dada na exposição está no período que vai das formas mais primitivas até o final do Período Triássico (intervalo de tempo entre 248 milhões e 208 milhões de anos atrás). No percurso montado pelos pesquisadores gaúchos, o visitante entra pelo lado mais antigo e sai pelo mais recente. Além dos fósseis verdadeiros e dos moldes, existe uma grande quantidade de painéis, que ajudam a contextualizar toda a informação científica apresentada. Ao todo, são oito módulos.

O grande patrimônio fossilífero do Rio Grande do Sul, principalmente os exemplares encontrados na região de Santa Maria nas últimas décadas forma um dos pontos altos da exposição. Um dos exemplos é o fóssil de dicinodonte, com dez filhotes, encontrado no Sul do país nos anos 1980. Eis um réptil que surgiu na Terra antes dos grandes dinossauros.

Para abrigar a mostra gaúcha, a Universidade Estadual de Maringá construiu um novo museu científico, que também está sendo inaugurado com os fósseis de antes dos dinossauros. Parte dos recursos foi levantada pelos próprios professores da instituição ao longo da última década, por meio de cursos de extensão pagos.

A mostra de Maringá vai até o dia 20 de dezembro. De lá, ela poderá voltar para as margens do Guaíba, ou quem sabe chegar em outro destino mais uma vez.


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