Técnica inédita criada por pesquisadores norte-americanos utiliza força mecânica para alterar o curso das reações químicas. Aplicação potencial inclui desenvolvimento de materiais que se auto-reparam rapidamente
Técnica inédita criada por pesquisadores norte-americanos utiliza força mecânica para alterar o curso das reações químicas. Aplicação potencial inclui desenvolvimento de materiais que se auto-reparam rapidamente. Artigo foi publicado na revista Nature
Técnica inédita criada por pesquisadores norte-americanos utiliza força mecânica para alterar o curso das reações químicas. Aplicação potencial inclui desenvolvimento de materiais que se auto-reparam rapidamente. Artigo foi publicado na revista Nature
Técnica inédita criada por pesquisadores norte-americanos utiliza força mecânica para alterar o curso das reações químicas. Aplicação potencial inclui desenvolvimento de materiais que se auto-reparam rapidamente
As aplicações potenciais incluem materiais que se auto-reparam rapidamente, ou indicam claramente quando sofreram dano. "É fundamentalmente uma nova maneira de fazer química", disse Jeffrey Moore, do departamento de química do centro de pesquisas William e Janet Lycan e autor do artigo que descreve a nova técnica na edição desta quinta-feira (22/03) da revista Nature.
"Ao explorar a energia mecânica, podemos entrar nas moléculas e inserir vínculos específicos para levar a reações desejadas", disse Moore, que também é pesquisador do laboratório Frederick Seitz Materials no Instituto Beckman para Ciência Avançada e Tecnologia.
A natureza direcional específica da força mecânica torna essa abordagem para o controle de reações fundamentalmente diferente das habituais restrições químicas e físicas. Para demonstrar a técnica, Moore e sua equipe colocaram uma molécula mecanicamente ativa – chamada mecanóforo – no centro de uma longa cadeia polimérica. A cadeia de polímeros foi então esticada em direções opostas por um campo vetorial criado pelo colapso de cavidades produzidas por ultra-som, sujeitando o mecanóforo a uma distensão mecânica.
"Criamos uma situação onde uma reação química poderia enveredar por um caminho ou outro", disse Moore. "Aplicando força ao mecanóforo, pudemos influenciar para qual destes dois caminhos a reação seguiria", disse.
Uma aplicação potencial da técnica é criar um gatilho para soltar a energia mecânica acumulada em polímeros distendidos dentro de caminhos químicos como uma reação de auto-reparação.
No conceito original de auto-reparação, microcápsulas de um agente reparador são rompidas quando um dano ocorre no material. Uma ação capilar então transporta o agente auto-reparador para a rachadura, onde se mistura com um catalisador químico e a polimerização acontece.
Com o novo gatilho mecânico, no entanto, a energia mecânica iniciaria a polimerização diretamente, queimando várias etapas. A ligação cruzada de cadeias vizinhas evitaria a propagação de uma rachadura e danos adicionais.
"Demonstramos que é possível usar a força mecânica para dirigir as reações químicas ao longo de caminhos que são inatingíveis por meios convencionais. Estamos pesquisando agora o desenvolvimento de mecanóforos adicionais nos quais a reatividade química será ativada por força externa", disse o cientista.
O artigo Biasing reaction pathways with mechanical force, Jeffrey Moore e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.