Estudo divulgado no periódico Systematics and Biodiversity traçou as rotas usadas por serpentes para colonizar o arquipélago de Galápagos e descreveu três novas espécies do gênero Pseudalsophis (Pseudalsophis dorsalis na ilha de Santa Fé; foto: Miguel T. Rodrigues / USP)
Estudo divulgado no periódico Systematics and Biodiversity traçou as rotas usadas por serpentes para colonizar o arquipélago de Galápagos e descreveu três novas espécies do gênero Pseudalsophis
Estudo divulgado no periódico Systematics and Biodiversity traçou as rotas usadas por serpentes para colonizar o arquipélago de Galápagos e descreveu três novas espécies do gênero Pseudalsophis
Estudo divulgado no periódico Systematics and Biodiversity traçou as rotas usadas por serpentes para colonizar o arquipélago de Galápagos e descreveu três novas espécies do gênero Pseudalsophis (Pseudalsophis dorsalis na ilha de Santa Fé; foto: Miguel T. Rodrigues / USP)
Agência FAPESP – Um estudo liderado por cientistas brasileiros e apoiado pela FAPESP foi o vencedor da última edição do prêmio Taylor & Francis, concedido anualmente ao artigo de maior destaque publicado na Systematics and Biodiversity. A revista, uma das mais conceituadas na área de sistemática e evolução da biodiversidade, é editada pelo Museu de História Natural de Londres e publicada pela editora Taylor & Francis.
O trabalho, descrito no artigo Origin and hidden diversity within the poorly known Galápagos snake radiation (Serpentes: Dipsadidae), foi feito em colaboração com cientistas equatorianos, sob a coordenação de Hussam El Dine Zaher, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). O projeto foi conduzido no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP.
Por meio de análises morfológicas (da aparência externa, ossos e órgãos) e moleculares (do material genético) de amostras de serpentes coletadas no arquipélago de Galápagos durante expedição realizada em 2008, a equipe construiu rotas de colonização usadas por serpentes e identificou três novas espécies pertencentes ao gênero Pseudalsophis (leia mais em: revistapesquisa.fapesp.br/2018/08/20/como-as-serpentes-chegaram-a-galapagos/).
O prêmio consiste em um montante em dinheiro (£500 ou R$ 2,5 mil aproximadamente) e um certificado comemorativo. O artigo fica disponível gratuitamente on-line no ano posterior à sua divulgação.
“Os editores associados da revista apontam os artigos que consideram os melhores do ano para o editor-chefe, que seleciona o vencedor. Nós concorremos com outros sete estudos publicados em 2018. Segundo o editor-chefe, nosso trabalho foi escolhido porque as questões abordadas por ele são de interesse para um público amplo e os resultados são valiosos para vários grupos de usuários, incluindo zoólogos, pesquisadores e profissionais de biologia da conservação”, contou Zaher à Agência FAPESP.
Segundo o pesquisador, a premiação foi uma grande surpresa para os autores. “As indicações são muito concorridas, pois a revista publica artigos de grande qualidade e impacto internacional, produzidos por equipes sediadas majoritariamente nos Estados Unidos ou em países da Commonwealth e da União Europeia. Ficamos muito felizes em ter a nossa pesquisa reconhecida por esses colegas”, disse.
A investigação realizada em Galápagos incluiu uma campanha de coleta de 15 dias no arquipélago, que envolveu uma logística complexa. A licença de coleta para as ilhas isoladas do público levou dois anos para ser emitida e a pesquisa posterior envolveu visitas a dezenas de coleções científicas nos Estados Unidos e na Europa, contou Zaher.
“O sequenciamento das amostras também necessitou de recursos significativos, pois a pesquisa se deu em um contexto que envolvia o estudo sobre a origem e a diversificação das serpentes na região Neotropical. Todas essas etapas foram integralmente financiadas pela FAPESP.”, disse.
Na avaliação de Zaher, a premiação representa “um reconhecimento, por parte da comunidade internacional, da qualidade da pesquisa em biodiversidade produzida no Brasil e da política bem-sucedida de fomento à pesquisa conduzida pela FAPESP”.
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