Os estudantes Guilherme, Carla, Fernanda e Felipe (esq.p/dir.), que representaram o Brasil na olimpíada de astronomia (foto: divulgação)

Resultados astronômicos
29 de outubro de 2004

Estudantes brasileiros ganham medalhas de prata e bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada na Criméia, à beira do Mar Negro, no melhor resultado do país na história da competição

Resultados astronômicos

Estudantes brasileiros ganham medalhas de prata e bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada na Criméia, à beira do Mar Negro, no melhor resultado do país na história da competição

29 de outubro de 2004

Os estudantes Guilherme, Carla, Fernanda e Felipe (esq.p/dir.), que representaram o Brasil na olimpíada de astronomia (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Brasil conseguiu o melhor resultado de todas as suas participações na Olimpíada Internacional de Astronomia, realizada pela oitava vez. Foram premiados três dos quatro integrantes da equipe que representou o país na competição, ocorrida no começo de outubro em Simeiz, pequena cidade na costa sul da Criméia, à beira do Mar Negro.

A disputa, que tem como objetivo estimular nos estudantes de ensino médio e fundamental o gosto pela astronomia e ciências em geral, foi dividida em duas faixas etárias: competidores com até 15 ou até 17 anos. Felipe Ferreira Villar Coelho, do Colégio Metropolitano, em Serra (ES), ganhou medalha de prata na primeira categoria.

Carla Fernanda de Araújo e Silva, do Colégio Objetivo, em São Paulo, e Guilherme Rohden Echelmeier, do Colégio de Aplicação da Univale, em Itajaí (SC), que competiram na categoria até 17 anos, obtiveram medalhas de bronze. A equipe nacional contou ainda com participação de Fernanda Vilela de Aquino, da Escola Estadual Padre Anchieta, em Coqueiral (MG).

"A olimpíada é uma excelente ferramenta de divulgação científica na medida em que a astronomia é utilizada como ponte para estimular o ensino de outras disciplinas como matemática, física e geografia", disse um dos líderes da delegação brasileira, Carlos Alexandre Wuenche, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), à Agência FAPESP.

Os testes se resumiram em provas teóricas e práticas, que incluíram conhecimentos sobre astrofísica, astronomia e suas técnicas, além de observações do céu para reconhecer padrões e identificar estrelas. "O exame observacional foi bem sofisticado por incluir estimativas de magnitude e do brilho de estrelas, reconhecimento de constelações e distância angular entre as estrelas", explica.

Segundo Wuensche, os quatro estudantes foram selecionados para a competição internacional a partir de um total de 122 mil alunos participantes da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). "A OBA se caracteriza como uma disseminação de conhecimento em escala nacional que envolve todos os Estados brasileiros, num total de mais de 7 mil escolas", afirmou.

A olimpíada contou com a participação de equipes de 17 países: Armênia, Brasil, Bulgária, China, Criméia, Estônia, Índia, Indonésia, Irã, Itália, Coréia, Lituânia, Romênia, Rússia, Sérvia e Montenegro, Suécia e Tailândia. A delegação brasileira foi liderada ainda por Nuricel Aguilera Villalonga, professora do Colégio Objetivo, e pelo observador Roberto Ortiz, da Universidade Federal do Espírito Santo.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.