Iniciativa coordenada por professora da UFSCar e financiada pela FAPESP busca preservar a memória de milhares de pessoas que labutam nos campos paulistas (foto: UFSCar/divulgação)

Repositório on-line reúne entrevistas com trabalhadores rurais de São Paulo
06 de julho de 2022

Iniciativa coordenada por professora da UFSCar e financiada pela FAPESP busca preservar a memória de milhares de pessoas que labutam nos campos paulistas

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Iniciativa coordenada por professora da UFSCar e financiada pela FAPESP busca preservar a memória de milhares de pessoas que labutam nos campos paulistas

06 de julho de 2022

Iniciativa coordenada por professora da UFSCar e financiada pela FAPESP busca preservar a memória de milhares de pessoas que labutam nos campos paulistas (foto: UFSCar/divulgação)

 

Agência FAPESP* – Foi lançado no mês de junho o Repositório Vozes e Memórias, que reúne cerca de mil horas de entrevistas gravadas com homens e mulheres que trabalham nas grandes plantações do Estado de São Paulo e também nos sítios e assentamentos. As entrevistas foram realizadas entre 1983 e 2017.

A iniciativa é coordenada pela professora Maria Aparecida de Moraes Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e conta com apoio da FAPESP.

Um dos objetivos, segundo Silva, foi preencher a lacuna quanto à produção acadêmica dos estudos rurais, que nas últimas décadas privilegiaram temas relativos às ocupações de terras, aos movimentos sociais, aos conflitos e violência no campo e à agricultura familiar, entre outros.

Na apresentação do trabalho, a professora da UFSCar lembra que “durante as últimas sete décadas milhares de pessoas negras e pardas, provenientes do Nordeste e do norte de Minas Gerais, labutaram nas terras paulistas, produzindo sua história laboral, cuja face está sendo apagada”.

Na contramão desse apagamento, “nasceu a ideia do repositório Vozes e Memórias, cujo objetivo é reconstruir o passado, desdobrando-o e trazendo-o ao presente, por meio das vozes silenciadas e das memórias ocultadas”, explica Silva.

“O repositório busca evitar o processo de memoricídio e relatar duas experiências: das vidas talhadas com as mãos nos campos paulistas; da construção de inúmeros caminhos de pesquisas, orientados pela metodologia da história e pela práxis alicerçada na busca de um mundo com justiça social”, comenta.

A coletânea conta com 913 arquivos de imagens, 525 arquivos de áudio e 22 arquivos em vídeo. O trabalho contou com a contribuição de Tainá Reis, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na digitalização e edição do material.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da UFSCar.
 

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