Foto feita na época das escavações, há mais de 70 anos (foto:Museu Field)

Relíquias da Mesopotâmia serão digitalizadas
29 de outubro de 2004

Museu Field, dos EUA, anuncia que irá reunir em catálogo digital inédito os 100 mil artefatos espalhados pelo mundo escavados entre 1923 e 1933 na histórica cidade de Kish, no Iraque. O trabalho será feito em árabe e em inglês

Relíquias da Mesopotâmia serão digitalizadas

Museu Field, dos EUA, anuncia que irá reunir em catálogo digital inédito os 100 mil artefatos espalhados pelo mundo escavados entre 1923 e 1933 na histórica cidade de Kish, no Iraque. O trabalho será feito em árabe e em inglês

29 de outubro de 2004

Foto feita na época das escavações, há mais de 70 anos (foto:Museu Field)

 

Agência FAPESP - A importância arqueológica dos objetos encontrados na histórica cidade iraquiana de Kish, ao sul de Bagdá, em escavações realizadas entre 1923 e 1933, justifica o esforço. O Museu Field, de Chicago, nos Estados Unidos, anunciou um projeto de pesquisa que deverá durar dois anos e terá como objetivo reunir, na forma de um catálogo digital, toda a riqueza de uma das grandes cidades da antiga Mesopotâmia.

O material atualmente está dividido principalmente entre três instituições. Enquanto parte dos artefatos retirados pelos arqueólogos há mais de 70 anos se encontra no próprio Museu Field, o restante está na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e no Museu de Bagdá.

O catálogo digital será feito em árabe e inglês. Desde 1990, as escavações em Kish foram interrompidas por causa dos conflitos na área. A atual situação de instabilidade também deve prejudicar a montagem da parte iraquiana do catálogo.

O documento final, em formato eletrônico, deverá listar mais de 100 mil artefatos. Quando estiver pronto, esse banco de dados deverá estar disponível na internet. A partir dos objetos será possível fazer uma completa reconstituição da cidade há cinco mil anos.

Os arqueólogos que estudam as grandes civilizações da antiga Ásia apontam a falta de conhecimento sobre a cidade mesopotâmica como uma das grandes lacunas científicas que ainda precisam ser preenchidas. Agora, com a reunião de potes, ferramentas de pedras, esculturas, tábuas cuneiformes e demais objetos poderá ser mais fácil olhar para o passado. É de Kish, por exemplo, um dos mais antigos registros de transporte sobre rodas de toda a humanidade.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.